MARANHÃO 1X0 BOA VONTADE - O Maranhão Atlético Clube, estreando no Campeonato Maranhense de 1980, ganhou do Boa Vontade por 3 a 0 na preliminar da rodada do dia 14 de agosto daquele ano, no Estádio Municipal, depois de 0 a 0 no primeiro tempo. Os atleticanos não fizeram um bom primeiro tempo e por isso mesmo tiveram muita dificuldade em penetrar na defesa do time do Bairro de Fátima. No período complementar, os comandados de Antoninho modificaram a sua maneira de jogar, passando a explorar mais o toque de bola e com isso as oportunidades foram aparecendo.
O gol de abertura do placar foi assinalado logo aos 5 minutos da fase complementar por intermédio do ponteiro-esquerdo Serginho, em jogada individual, chutando violento cruzado para vencer o arqueiro Marcelo. O segundo gol maqueano surgiu de uma arrancada de Tataco pela ponta-direita, com o zagueiro tocando para Zé Krol na ponta-direita e indo para a área esperar o cruzamento, que chegou à meia altura e de primeira o defensor maqueano colocou ara o fundo do barbante numa boa finalização. Depois do gol de Tataco, aos 35 minutos o campeão maranhense passou a jogar com mais tranquilidade, chegando ate com efetiva facilidade perto do arco afiado ao jovem Marcelo.
O terceiro tento da peleja aconteceu aos 44 minutos, ao apagar das luzes, feito através do atacante Riba, numa tabela sensacional com Zé Krol, recebendo na frente, limpando a jogada de maneira magistral e chutando violento, sem apelação para conferir o mais bonito gol da preliminar.
O Maranhão começou dessa maneira bem a sua caminhada em busca do título de bicampeão maranhense, ganhando logo de saída dois preciosos pontos diante de um adversário que se não chegou a assustar, pelo menos não se entregou.
Maranhão 1x0 Boa Vontade
Local: Estádio Municipal Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 148.760,00
Público: 2.029 pagantes
Gols: Serginho aos 5, Tataco aos 35 e Riba aos 44 minutos do segundo tempo
Maranhão: Dorival; Mendes, Paulo Fraga, Tataco e Breno; Miguelzinho, Riba e Soeiro; Badu (Zé Krol), Alcino (Noé) e Serginho
Boa Vontade: Marcelo; Paulo, Sérgio Lopes, César e Lucas; Itamar, Joãozinho e Gibi; Newton, Luis Augusto (Jânio) e Louro
VITÓRIA DO MAR 0X0 SAMPAIO CORRÊA – O Vitória do Mar, estreando no Campeonato de 1980, conseguiu excelente empate de 0 a 0 com o Sampaio Corrêa na partida principal no Estádio Nhozinho Santos, jogando desde os 2=38 minutos do primeiro tempo com apenas dez elementos, face à expulsão do zagueiro Gaspar.
O Sampaio Corrêa não repetiu a atuação anterior, quando goleou o São José por 12 a 0 e nem encontrou também a mesma facilidade, pois além do quadro vitoriense possuir melhores valores individuais, ainda por cima começou completo, fato que não ocorreu com o adversário de domingo.
O árbitro Josenil de Sousa foi a nota triste do espetáculo, coagindo durante todo o tempo os jogadores do Vitória do Mar na aplicação do cartão amarelo somente para os seus jogadores e exercendo uma grande pressão em cima do goleiro Assis, mal o defensor auriverde pegava na bola. A expulsão do zagueiro Gaspar foi provocada pelo apitador, que não sabendo se impor na hora das suas marcações, permitiu que o capitão do time verde e amarelo partisse em sua direção para reclamações, que ele considerou acintosas. Não se discute a correção da exclusão de Gaspar, depois que ele reclamou de maneira grosseira, mas Josenil Sousa demonstrou usar de dois pesos e suas medidas, quando na etapa complementar ao assinalar uma falta contra o Sampaio, o zagueiro Cabrera partiu pra cima dele de forma muito mais espalhafatosa do que a utilizada por Gaspar e mal levou um cartão amarelo ao invés do vermelho, o que provaria o seu critério na correção das falhas do jogo. Os dirigentes vitorienses saíram reclamando muito da atuação de Josenil e não foi em vão que disseram que o seu time jogou contra doze, porque o árbitro demonstrou que não tem condições psicológicas para dirigir jogos do Sampaio.
Sobre a exibição proporcionada pelo Sampaio Corrêa deixou muito a desejar, não acertando em momento algum dentro de campo, fazendo uma partida bastante confusa a começar da escalação de Ugo de meia-direita e de Riba na ponta-direita, o que não resolveu de forma alguma, provocando até uma espécie de congestionamento no meio, pois nem Ugo era meia-direita e muito menos Riba era ponta e isso de certa forma ajudou o trabalho da defensiva do Vitória, que soube desafogar todas as investidas do ataque tricolor.
O Sampaio, mesmo tendo mais tempo a bola em seu poder, não soube tirar partido desse domínio, que na verdade foi um falso domínio, porque a rigor os bolivianos não deram um chute sequer contra o arco de Assis durante os 90 minutos, pelo menos um chute que pudesse ser considerado uma boa oportunidade. O Vitória começou a partida com uma meia cancha certinha, onde Arthur ditava o ritmo do seu time, chegando mesmo a dominar inteiramente o setor, já que os bolivianos se mostravam muito confusos no meio-campo. Com a expulsão de Gaspar, forçando Arthur a recuar para a zaga central no segundo tempo, os tricolores ganharam todas as disputas no meio de campo, mas em contrapartida não penetraram uma vez que fosse na defesa vitoriense. O resultado de 0 a 0 entre Sampaio Corrêa e Vitória do Mar acabou sendo um resultado justo e que para o time auriverde pode ser considerado até mesmo como um triunfo em razão das circunstâncias que cercaram a contenda.
Vitoria do Mar 0x0 Sampaio Corrêa
Local: Estádio Municipal Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 148.760,00
Público: 2.029 pagantes
Vitória do Mar: Assis; Célio, Gaspar, Gonçalves e Bite; Arthur, Oliveira Piauí e Elias; Manoelzinho (Chico), Renato (Joãozinho) e Antônio
Sampaio Corrêa: Alexandre; Tereso, Jayme, Cabrera e Celso Alonso; Rosclin (Fernando), Ugo e Marcelo; Riba, Cabecinha e Glênio (Bimbinha)
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