quarta-feira, 26 de julho de 2023

Sampaio Corrêa 0x3 Ceará Sporting (Campeonato Nacional 1986)

O Sampaio Corrêa, que perdeu para o Sport Recife na estreia do Campeonato Nacional de 1986 (também chamado de Copa Brasil), enfrentou o Ceará Sporting no Estádio Castelão, que vinha de um empate em 1 a 1 em Belém diante do Clube do Remo. Devido à derrota na primeira partida, o Sampaio Corrêa não poderia tropeçar diante do representante alencarinos, sob pena de dificultar a sua classificação no grupo A da competição. A vitória do então tricampeão maranhense seria fundamental para recuperar os pontos perdidos no jogo passado e para o time voltar a acreditar nas suas possibilidades, antes de viajar para fazer a primeira partida fora de São Luis – em Campo Grande, contra o Operário.

Os torcedores, que não gostaram da derrota para o Sport, não pediam a fé no time tricolor. Todos lamentavam o problema como preparo físico e a falta maior de tempo para entrosamento. A expectativa para a partida contra o Ceará era muito grande, ainda mais pelo peso do adversário, que possuía uma boa colônia em nossa capital, tanto que havia muito interesse, na época, pela realização do clássico do futebol nordestino. A última passagem até então do Ceará por São Luis havia sido no ano anterior (1985), quando do empate em 1 a 1 no Castelão.

SAMPAIO VOLTOU A DECEPCIONAR NA COPA BRASIL – o Sampaio Corrêa voltou a decepcionar a grande torcida maranhense ao ser goleado por 3 a 0 pelo Ceará Sporting na noite do dia 03 de setembro, no Estádio Castelão, pela Copa Brasil, o que deixou o tricampeão quase sem chance de classificação até aquele momento. O goleiro Moreira foi o principal responsável pelo fracasso tricolor, dando o primeiro gol e falhando no segundo.

No primeiro tempo foi registrado o empate em 0 a 0, com uma boa presença no time sampaíno, principalmente nos primeiros momentos da partida, quando esteve perto de fazer o gol, como numa jogada de Mateus aos 5 minutos. No período final, logo com 1 minuto e meio, numa bola recuperada pelo lateral-direito Biluca, Moreira falhou clamorosamente, praticamente jogando a pelota para o fundo de sua própria meta, num gol incrível e que desarticulou totalmente a equipe maranhense. Depois do gol contra, o Sampaio ainda teve duas chances grandes de chegar ao empate. A primeira com Zé Carlos entrando livre e chutando para fora na cara do arqueiro Salvino. A outra oportunidade foi numa tabela entre Marco Antônio e Santana, com o centroavante chutando para a defesa do goleiro Salvino.

O esquisito gol contra e as chances perdidas terminaram por encabular totalmente a equipe do Sampaio, que mais uma vez também teve problema de falta de preparo físico e daí pra frente o Ceará teve a tranquilidade para tocar a bola e fazer o tempo passar.

O segundo gol alencarinos aconteceu aos 27 minutos, quando Everaldo cruzou da ponta-direita para o goleiro Moreira voltar a falhar de forma lamentável saindo da meta e deixando o gol livre para Petróleo, de cabeça, fazer 2 a 0. O Ceará fez mais um, aos 37 minutos, por intermédio de Rubens Feijão, que driblou com facilidade o zagueiro Luis Cláudio. O treinador sampaíno foi acusado de mexer erradamente no time com a saída de Luis Carlos para a entrada de Biluca, que se encontra com excesso de peso e que não mostrou ter futebol para barrara o jogador maranhense. 




FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x3 Ceará Sporting
Data:
03.09.1986
Local: Estádio Castelão   
Renda: Cr$ 122,519,00
Público: 12.203 pagantes
Juiz: Manoel Serapião (BA)
Bandeirinhas: José Barbosa e José Carlos Barreto (BA)
Gols: Biluca (contra) a 1 minuto, Petróleo aos 27 e Rubens Feijão aos 37 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Moreira; Biluca, Dedé (Ivanildo), Luís Carlos e Paulo Lifor; Zé Carlos, Rubinho e Mateus (Meinha); Edinho, Santana e Marco Antonio. Técnico: Geraldo Duarte
Ceará Sporting: Salvino; Everaldo, Djalma, Argeu e Milton Lima; Serginho, Rubens Feijão e Lira; Hamilton Rocha, Petróleo e Gilson Sodré (Bebeto). Técnico: Caiçara

terça-feira, 25 de julho de 2023

Sampaio Corrêa tricampeão maranhense (1984/85/86) - ESPECIAL

O post de hoje é dedicado ao tricampeonato estadual do Sampaio em 1986. Começava no dia 06 de julho, com Sampaio Corrêa x Tupan, as disputas do quadrangular que decidiria o Campeonato Maranhense de 1986. Além de sampaínos e tupanenses, que faziam a partida de abertura, o quadrangular ainda contava com Maranhão e Imperatriz, que folgaram nessa primeira rodada. O Sampaio, que ganhou os títulos do primeiro e segundo turnos, entrou no quadrangular com a vantagem de 2 pontos de bonificação, o que poderia desequilibrar a disputa. A partida foi a segunda entre os dois adversários na competição daquele ano. No primeiro turno, houve o empate em 0 a 0 e no segundo turno, devido à distribuição das chaves, não tiveram a chance de se encontrar. O jogo começou às 17h00 no Estádio Castelão, que marcou a sua reabertura depois de ter servido de local ara um dos jogos da seleção brasileira e das partidas finais do segundo turno do certamente estadual de 1986.

SAMPAIO CORRÊA 1X0 TUPAN - o Sampaio Corrêa, que já tinha 2 pontos de bonificação, aumentou a sua vantagem para 4 pontos ao vencer o Tupan no dia 06 de julho por 1 a 0, numa partida de poucas emoções para os torcedores.

O Tupan entrou em campo com um número excessivo de jogadores na defesa e no meio-campo, dando demonstrações de que o empate seria o seu objetivo principal. Mas o esquema acabou beneficiando o time do Sampaio, que passou a chegar com muita frequência ao último reduto tupanense, embora sem apresentar-se numa jornada brilhante. Todavia, muito mais em função da má performance do atacante Renato, que mais uma vez esteve mal, o Sampaio não soube tirar proveito domínio absoluto do primeiro tempo, que terminou empatado em 0 a 0.

O Sampaio Corrêa voltou com Gil Lima no lugar de Renato para o segundo tempo. A alteração melhorou o poder ofensivo, mas o Tupan procurava se defender de qualquer jeito. O único gol da peleja aconteceu aos 48 minutos já na fase dos descontos (o segundo tempo durou 51 minutos), quando o goleiro João Batista, que vinha se constituindo como a principal figura do jogo, largou a bola chutada violentamente por Gil Lima, na cobrança de uma falta, para Meinha mandar para o fundo do barbante numa falha de cobertura da equipe indígena.

O jogo, a rigor, não agradou aos torcedores e esteve até monótono na etapa final e só se agitou quando o meia Beato, aos 36 minutos, se recusou a sair para ceder lugar a Bimbinha, obrigando o técnico Geraldo Duarte a invadir o campo para retirá-lo na marra. Os dois (atleta e técnico) chegaram a se insultar em pleno gramado do Castelão, numa cena inusitada no futebol maranhense. Beato estava no firme propósito de não deixar o campo, por achar injusta a substituição e não adiantaram os apelos dos seus companheiros. Foi necessária a intervenção do presidente Vasconcelos, do treinador e da própria polícia para que o jogador saísse para a entrada de Bimbinha, num flagrante ato de indisciplina. A invasão do campo custou ao treinador Geraldo um cartão vermelho mostrado pelo árbitro Edjan de Jesus, que devido à paralização do jogo teve que dar um exagerado desconto de 6 minutos para o final da peleja, o que provocou a revolta dos dirigentes e jogadores do Tupan, porque foi nessa prorrogação qye saiu o gol marcado por intermédio de Meinha.

João Batista rebate o chute de Gil Lima
 
  Duarte entra em campo para retirar Beato
 
Beato se revolta e não queria ser substituído
 
Torcedor cai no fosse e é retirada de maca, mas nada grave
 
FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x0 Tupan
Data:
06.07.1986
Local: Estádio Castelão
Renda: Cr$ 28.303,00
Público: 3.064 pagantes
Juiz: Edjan de Jesus
Bandeirinhas: Nacor Arouche e Verandy Fontes
Gols: Meinha aos 45 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Moreira; Luís Carlos, Rosclin, Orlando e Paulo Lifor; Zé Carlos, Beato (Bimbinha) e Meinha; Joãozinho Nery, Renato (Gil Lima) e Marco Antonio. Técnico: Geraldo Duarte
Tupan: João Batista; Pedro, Erivaldo, Gonzaga e Vavá; Ismael, Tovar (Sílvio) e Luizinho (Arlindo); Admoran, Aurélio e Vander. Técnico: Fernando Trovão
 

SAMPAIO CORRÊA 1X1 MARANHÃO - O Sampaio Corrêa manteve a sua invencibilidade no Campeonato Maranhense, mas o goleiro Moreira, que não levava gols a 14 jogos, foi vazado no empate de 1 a 1 diante do Maranhão, na noite do dia 20 de julho, no Estádio Castelão. O resultado foi péssimo para o Maranhão, porém para o Sampaio foi excelente, porque a diferença de 4 pontos em relação ao adversário acabou sendo mantida, significando a conquista do tricampeonato já na rodada seguinte, caso o tricolor vença a sua próxima partida.

Na peleja do dia 20 de julho, o Sampaio foi mais eficiente no primeiro tempo, chegando três vezes com perigo ao último reduto atleticano; todavia, o domínio do jogo pertenceu ao MAC, que, no entanto, não soube tirar proveito, tanto que não chutou sequer uma bola em direção ao arco de Moreira. O empate de 0 a 0 no primeiro tempo, por causa das oportunidades perdidas, não fez justiça ao tricolor.

A primeira das grandes chances sampaínas aconteceu logo aos 5 minutos, quando Paulo Sérgio, lançado por Meinha, não teve experiência para fazer o gol, proporcionando uma boa defesa do goleiro Juca Baleia. Aos 10 minutos foi a vez de Joãozinho perder o gol certo. A bola mal rebatida pela zaga obrou para o atacante, que chutou em cima do goleiro atleticano. A terceira grande chance desperdiçada pelos bolivianos foi numa cobrança de falta ensaiada, com Paulo Lifor recebendo cara a cara com o goleiro e batendo em cima de Juca.

Na etapa complementar, o Maranhão começou impondo mais ritmo e se utilizando da velocidade. Neco, aos 10 minutos, chegou atrasado pra completar um cruzamento de Dionísio. O gol maqueano aconteceu aos 15 minutos. Novamente atacando pela esquerda, o lateral Neto cruzou na medida para Valter marcar, depois de Moreira saltar junto com Daniel e não alcançar a pelota. Era o primeiro gol da partida e a quebra da invencibilidade de Moreira, que durou 14 partidas e mais 60 minutos. Depois do gol, o Maranhão continuou mais presente e com domínio da peleja. Todavia, pecando nas finalizações e sem velocidade.

O gol de empate do Sampaio aconteceu quando ninguém mais esperava e só foi marcado graças a uma bobeira do goleiro Juca Baleia, que cometeu dois toques ao trocar bola dentro da área com o zagueiro Irineu (a lei não permitia que a bola voltasse para o goleiro sem sair da grande área, a não ser que fosse tocada por um adversário). A mancada de Juca animou a torcida boliviana, que estava quieta na arquibancada. O Sampaio armou a cobrança e Gil Lima chutou violento, pelo alto, aos 36 minutos para decretar o resultado final do espetáculo.

Tica acompanha a disputa firme entre Uberaba e Paulo Lifor
 
Moreira faz boa defesa
 
Na etapa final, após sofrer o gol de empate, o Maranhão tentou marcar, mas sem sucesso
 

SAMPAIO CORRÊA X MARANHÃO: VÉSPERA DA DECISÃO - Matéria do jornal O Estado do Maranhão, às vésperas da partida final do estadual de 1986: “O torcedor maranhense está vibrando com a atual fase do nosso futebol, é que motivo está sobrando. A decisão do título entre Maranhão e Sampaio, programada para domingo, ou em último caso a exigência de um jogo extra, caso do Maranhão venha a vencer. A confirmação da presença do Moto Club no Grupo Paralelo da Copa Brasil, depois da interferência dos irmãos Fernando e Sarney Filho, do senador Alexandre Costa, e a agitação criada pelo confrade Magno Figueiredo. Finalmente a divulgação da tabela do Grupo de Elite da Copa Brasil, onde o Sampaio é o nosso representante de fato e respeito, devendo enfrentar grandes clubes do futebol brasileiro. Todo esse clima de euforia é justificável e seus reflexos já podemos ver no domingo, quando a presença de público no jogo entre Sampaio e Maranhão poderá ser notada, proporcionando uma grande arrecadação.

No Maranhão, existe muita confiança numa grande apresentação e consequentemente numa grande vitória, que adiará a decisão do título para outra data. No Sampaio, todos esperam o término do campeonato logo no domingo, afim de que o técnico possa então preparar a equipe para a estreia no Campeonato Nacional, contra o Sport Recife no dia 31.

Entre os dirigentes e torcedores do Moto, o clima é de muita festa e ninguém consegue esconder a alegria pela participação do time no Campeonato Nacional. Todos são de opinião de que pela tradição do clube, seria uma injustiça a sua não inclusão, mesmo que fosse no Grupo Paralelo. Essa agitação total também chega aos alicerces da Federação Maranhense de Desportos, onde seus dirigentes sentem recompensados pelos esforços que fizeram, a fim de garantir ao nosso Estado três vagas na Copa Brasil. O Presidente Augusto Tampinha declarou que a Federação tem a obrigação de lutar pelos direitos dos seus filiados e isto ele o fará nem que para alcançar o êxito desejado ele tenha que recorrer às suas amizades pessoais, com nos casos do Sampaio, que estava ameaçado de ser sacado do Brasileiro por causa de um velho débito, e mais recente o caso do Moto, em que ambos ele teve que recorrer aos amigos Fernando e Sarney Filho e mais o senador Alexandre Costa.”


PREPARATIVOS PARA O CLÁSSICO SAMARÁ DECISIVO – O Presidente do Sampaio, Pedro Vasconcelos, solicitou à Federação Maranhense de Desportos a realização de exame antidoping para o jogo contra o Maranhão, na possível decisão. Na opinião, o mandatário maior da Bolívia, o jovem time atleticano estava correndo em demasia, o que levava a desconfiar de qualquer meio ilícito, que daria tanto fôlego aos seus jogadores. Disse Vasconcelos que, apesar de acreditar muito na honestidade dos dirigentes maqueanos, o regulamento da competição lhe daria o direito de solicitar o exame e o fez consciente de estar ajudando o futebol maranhense. Enquanto isso, o técnico Geraldo Duarte continuava preocupado em melhor preparar a sua equipe para o importante jogo que ele considerava ser o último do campeonato, pois o seu desejo era a liquidação da disputa e depois então preparar o elenco, visando a estreia na Copa Brasil contra o Sport Recife, dia 31 de julho.

Sem demonstrar qualquer preocupação com o resultado. O treinador tricolor comandou o coletivo final, o qual foi realizado no horário vespertino. Na oportunidade, Geraldo se preocupou mais com a armação da equipe taticamente e, ao mesmo tempo, em aperfeiçoar algumas jogadas, que ele pretendia utilizar na decisão. Durante o coletivo, por várias vezes o técnico foi obrigado a parar o lance a fim de chamar a atenção de alguns jogadores que não estavam cumprindo com as suas ordens. Foram feitas jogadas pela direita com Joãozinho, pela esquerda em alta velocidade com Bimbinha e vários cruzamentos para as cabeçadas do goleador Renato. Na defesa, Duarte exigiu muito dos laterais Luis Carlos e Paulo Lifort, já visando as jogadas perigosas de Valter e Chiquinho, que ele considerava bons valores atleticanos. Os jogadores Luís Carlos, Joãozinho, Renato e Bimbinha, que estavam em tratamento médico, foram liberados e foram confirmados para a decisão, com o Sampaio contando com todos os seus titulares.

A concentração teve início na antevéspera da final, para os jogadores solteiros, com os jogadores casados se juntando ao grupo já na véspera da final.

“Estou tranquilo e sem problemas, psicologicamente bem preparado para enfrentar o Sampaio; espero que nada de anormal venha a acontecer até a hora do espetáculo”, foi a declaração feita pelo goleiro Juca Baleia após o término do coletivo final do Maranhão, realizado no Parque Valério Monteiro. Como todos sabiam, o goleiro maqueano, sempre que enfrentava o Sampaio (o seu time por quem torce), adoecia às vésperas do compromisso ou pelo menos sempre tinha uma desculpa com relação ao seu estado psicológico, a fim de justificar suas falhas ou erros de dois toques, às quais os torcedores nunca aceitaram, mas jurava o goleiro que daquela feita não haveria nenhum problema e o Maranhão sairia vitorioso no Samará.

Os jogadores do Maranhão receberam como estímulo e piada a entrevista do presidente Pedro Vasconcelos, na qual declarava que havia solicitado exame antidoping para o clássico. Todos foram simples e objetivo, do presidente, técnico e aos jogadores: “Vasconcelos vai ver qual é o doping que aqui se usa”, declararam na época.

Depois da preleção do técnico Eliezer Ramos e da palestra do presidente Armando Silva, os jogadores foram a campo e, comandados por Jorge e Luis, realizaram 30 minutos de física, provando que estavam em pela forma e prontos para os 90 minutos de correria. Quando o coletivo começou, no comando de ataque estava o garoto César, já definido como o substituto de Neco na posição em virtude do titular ter que cumprir a suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. César se movimentou e mostrou condições técnicas para ser o titular e tentar desbancar o Sampaio. No final, Eliezer utilizou na posição o ponta-esquerda Dionísio, visando uma mexida caso fosse necessária. O treino foi em ritmo de festa. Muitos toques de bola em direção ao gol adversário, com os jogadores do meio-campo encostando e auxiliando os atacantes. No final, vitória do time titular por 3 a 0, com gols de Tica, Chiquinho e Dionísio. Ademir foi liberado e participou normalmente do treino, sendo confirmada a sua presença na quarta-zaga.
 
Armando Silva, que ridicularizou a solicitação do presidente boliviano para o exame antidoping

Goleiro atleticano Juca Baleia

Irineu, do MAC

Goleiro boliviano Moreira

Zé Carlos, do Sampaio Corrêa

Bimbinha, do Sampaio Corrêa
 
SAMPAIO CORRÊA 0X0 MARANHÃO: BOLÍVIA TRICAMPEÃ ESTADUAL!!! - Numa partida emocionante e muito nervosa, o Sampaio Corrêa sustentou dramaticamente o empate em 0 a 0 com o Maranhão, conquistando o inédito titulo de tricampeão maranhense, de forma invicta. O jogo foi tecnicamente não foi bom, mas agradou pela disposição dos 22 jogadores. De um lado, o MAC tentando adiar a festa do adversário e do outro o Sampaio procurando garantir o empate para comemorar o título.

Dentro da disposição do time boliviano, os destaques ficaram por conta do volante Zé Carlos e do zagueiro Ivanildo, considerados os dois maiores jogadores da partida, justamente pela raça demonstrada na disputa das jogadas. O Maranhão, sabendo que o empate beneficiava o tricolor, partiu para o ataque desde o começo, teve algumas grandes oportunidades, mas não soube aproveitá-las. O Sampaio, se aproveitando do desespero dos atleticanos, também teve três grandes chances: uma no primeiro tempo com Renato e as duas no segundo tempo como Gil e Joãozinho. Na oportunidade desperdiçada por Renato, o centroavante escapou com a bola dominada, nas atirou sobre o corpo do goleiro Juca Baleia, para Ademir salvar quase em cima da linha. As chances de Gil Lima foi mais ou menos parecida com a do companheiro. Gil ficou cara a cara com Juca e também atirou sobre o corpo do goleiro, que voltou a sair com perfeição, evitando a queda da sua meta.

A outra vez que o Sampaio esteve perto de marcar aconteceu no segundo tempo, quando Joãozinho atirou violento para Juca Baleia fazer a melhor defesa da partida, jogando para escanteio.  Mas foi o Maranhão quem esteve mais perto de marcar, tanto no primeiro tempo como na etapa complementar. Tica perdeu gol feito quando Moreira já estava batido. Antes desse lance, Batista tinha chutado respeito e perigosamente.

Os atleticanos, a partir dos 20 minutos do segundo tempo, passaram a atacar em massa e tiveram, no abafa, algumas outras oportunidades. Moreira, nos cruzamentos, pontificou como outra grande figura da partida. À medida que o tempo passava e o time do aranhão ia perdendo mais a tranquilidade, inclusive no banco de reservas, pois o técnico Eliezer Ramos providenciou uma substituição que ninguém entendeu: tirou César para colocar Dioniso, quando mais precisava de um centroavante. Essa mudança fez diminuir o ritmo do quadro maqueano e o Sampaio só teve que gastar o tempo para assegurar o empate, que acabou sendo um resultado justo pela disposição mostrada pela equipe do Sampaio, que, mesmo jogando seriamente desfalcada, não se abateu e terminou com essa conquista inédita.

Ao final do jogo, os torcedores do Sampaio invadiram o gramado para festejar com os jogadores a conquista do título. Moreira, Zé Carlos e Ivanildo foram os mais procurados pelos torcedores. O presidente Pedro Vasconcelos e o treinador Geraldo Duarte foram carregados pelos torcedores, que deram volta olímpica junto com os jogadores.  

Torcida formando fila para entrar no Castelão
 
Moreira, no chão, observa a bola tocar na rede por fora
 
Juca Baleia defende o chute
 
Torcida tricolor
 
Lance da decisão
 
Lance da decisão
 
Paulo Lifor (Sampaio Corrêa) e Ademir (Maranhão)
 
Lance da final
 
Torcida no clássico decisivo
 
Torcida no clássico decisivo
 
 FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 0x0 Maranhão
Data:
17.08.1986
Local: Estádio Castelão, São Luís
Juiz: Romualdo Arppi Filho (SP)
Bandeirinhas: Verandy Fontes e Sérgio Faray
Renda: Cr$ 143.387,00
Público: 14.919 pagantes
Sampaio Corrêa: Moreira, Luís Carlos, Orlando, Ivanildo e Paulo Lifó; Zé Carlos (Maurício), Meinha e Gil Lima; Joãozinho Neri, Renato e Bimbinha (Marco Antônio). Treinador: Geraldo Duarte.
Maranhão: Juca Baleia, Uberaba, Ademir, Irineu e Neto; Batista, Tica e Daniel; Valter, Cesar (Dionísio) e Chiquinho (Raimundinho). Treinador: Eliéser Ramos

Torcedores invadem o gramado para comemorar o título
 
Jogadores, torcedores e dirigentes fazendo a festa pelo tri
 
A CONQUISTA – O Sampaio Corrêa tinha seis bicampeonatos, mas foi a primeira vez que chegou ao título de tricampeão maranhense. A Bolívia Querida, além de ter ultrapassado a barreira dos dois campeonatos seguidos, era, até então, o recordista de títulos no futebol maranhense. O campeonato de 1986 foi o vigésimo conquistado. Dos últimos dez campeonatos promovidos pela Federação Maranhense de Desportos (atual FMD), o Sampaio venceu seis.

Além dos doze jogadores que atuaram na decisão, o Sampaio utilizou ainda na campanha do tricampeonato o capitão Rosclin, que se encontrava na ocasião com hepatite, mas havia disputado os jogos dos dois primeiros turnos; Sérgio (juvenil), Maurício (juvenil) e Beato, que se encontravam em litígio com o técnico Geraldo Duarte. O goleiro Marcial participou da campanha, mas não jogou nenhuma partida. O Sampaio foi campeão com 19 jogos, com 13 vitórias, 6 empates e nenhuma derrota. Joãozinho Neri (Sampaio Corrêa) e Neco (Maranhão) foram os artilheiros do estadual de 1986, cada um com 7 gols. Moreira foi o goleiro menos vazado, com apenas 3 gols sofridos. 
 
Sampaio Corrêa tricampeão maranhense (1984/85/86)

Charge do Sampaio Corrêa tricampeão


 
CAMPANHA DO SAMPAIO CORRÊA NO TRICAMPEONATO ESTADUAL EM 1986

PRIMEIRO TURNO


23.02.1986-Sampaio Corrêa 3x1 Expressinho
02.03.1986-Imperatriz 1x4 Sampaio Corrêa
09.03.1986-Sampaio Corrêa 0x0 Maranhão
12.03.1986-Sampaio Corrêa 0x0 Boa Vontade
21.03.1986-Sampaio Corrêa 2x0 Tocantins
26.03.1986-Sampaio Corrêa 1x0 Vitória do Mar
30.03.1986-Sampaio Corrêa 0x0 Tupan
15.04.1986-Sampaio Corrêa 2x0 Americano
20.04.1986-Sampaio Corrêa 1x0 Moto Club

SEGUNDO TURNO

04.05.1986-Sampaio Corrêa 2x0 Vitória do Mar
18.05.1986-Sampaio Corrêa 2x0 Maranhão
25.05.1986-Sampaio Corrêa 0x0 Moto Club
27.05.1986-Imperatriz 0x0 Sampaio Corrêa

FINAL DO SEGUNDO TURNO

30.05.1986-Sampaio Corrêa 2x0 Imperatriz

FASE FINAL

06.07.1986-Sampaio Corrêa 1x0 Tupan
16.07.1986-Imperatriz 0x2 Sampaio Corrêa
20.07.1986-Sampaio Corrêa 1x1 Maranhão
03.08.1986-Sampaio Corrêa 3x0 Imperatriz
09.08.1986-Sampaio Corrêa 2x1 Tupan
17.08.1986-Sampaio Corrêa 0x0 Maranhão
 
 
 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Supervisor Aurino nos tempo de atleta do Tupan [DÉCADA DE 1970]

Temos aqui um belíssimo registro pertencente ao acervo pessoal do supervisor Aurino Vieira, que dedicou toda uma vida ao Tupan, Sampaio Corrêa, Moto Club e Maranhão - parte dela como atleta e outra como supervisor. Na foto, podemos ver o senhor Aurino envergando a camisa do Tupan, ainda no período amador, quando o clube ostentava camisas na cor cáqui e calções verdes. Ao fundo, as arquibancadas do extinto Estádio Santa Izabel - onde hoje localiza-se o espaço empreendido pela igreja Universal e o CEJOL, no Canto da Fabril.

Sampaio Corrêa 2x1 Tiradentes de Teresina - jogo amistoso (1975)

Com gol duvidoso para muitos e válido para a maioria, o Sampaio derrotou no dia 18 de abril de 1975 o Tiradentes de Teresina por 2 a 1, reagindo nos minutos finais, quando perdia por 1 a 0 e parte da sua torcida havia deixado as dependências do Estádio Municipal Nhozinho Santos sem ver os gols que modificaram o panorama da partida.

Enquanto se discute a validade ou não do gol do triunfo, marcado aos 45 minutos, dois minutos e quarenta e cinco segundos após a marcação do tento de empate, é de ressaltar a reação boliviana, que não se entregou em momento algum do espetáculo, procurando pelo menos o empate, que seria o resultado mais justo, pelo equilíbrio dos dois times em campo.

Com um Santos soberbo no meio-campo e um Ivan Limeira desarmando aos atacantes bolivianos na entrada da área, o Tiradentes quase derrotava pela segunda vez no corrente ano o Sampaio, e somente não conseguiu devido à falha de um zagueiro do campeão piauiense no gol de igualdade, quando aplicou a chamada ‘cama de gato’ em Paulo Figueiredo, fazendo com que o guardião soltasse a pelota para o fundo da sua meta, marcando contra o tento do empate.

Se o Tiradentes desperdiçou chances, o Sampaio perdeu inúmeras, com a afobação por parte dos seus dianteiros, que sofrendo o primeiro gol, aos 16 minutos, quiseram empatar de qualquer maneira, e com isto quase perdiam o jogo, cujo placar seria por demais injusto, mesmo em se sabendo que o time comandado por Moacir Bueno tem muitas falhas, principalmente no setor esquerdo de sua zaga, onde Trovão não sabe marcar e nem apoiar, e no meio-campo por Edmilson correndo muito com a bola presa, e Santana, sem ter mostrado até o momento brilhante futebol que apresentava no Moto e que fez como a crônica o elegesse o melhor do ano passado.

Por ocasião do tento do triunfo, quando se discute se a bola entrou por dentro ou por fora, registrou-se indisciplina com Ivan Lopes sendo expulso de campo e levando mais cinco minutos para sair, sem que a polícia entrasse no gramado unicamente porque o Tiradentes pertence à Polícia Militar do Piauí, as ali se tratava de time de futebol. Depois, foi Ivan Limeira, fazendo verdadeiras cenas de circo, querendo que o time saísse de campo, e somente continuando para terminar a partida por determinações de seus dirigentes e do treinador Mormaço. Na saída de bola, Derivaldo atrasou a bola para Paulo Figueiredo e foi também expulso de campo, desfalcando o Tiradentes no primeiro jogo do certame mafrense. Os dois minutos finais foram de palhaçadas, com os atletas piauienses tocando a bola em seu campo, e com Mimi correndo atrás, quando deveria ficar parado, assistindo as “brincadeiras” dos marmanjos atletas do campeão do Piauí, que venceu duas vezes o Moto e uma vez ao Sampaio naquele ano em São Luis, não acontecendo nada de mais. Perdeu uma e fez o que bem entendia em campo. 

Bitonho ganhando o lance com Zé Duarte
 
Mano lutando contra dois do Tiradentes
 
Jogadores do Tiradentes cercam o juiz José Salgado quando do segundo gol dos maranhenses

FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 2x1 Tiradentes de Teresina
Data:
18.04.1975
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: José Salgado
Bandeirinhas: Roberval Castro e Jamil Gedeon
Gols: Edgar aos 15 minutos do primeiro tempo; Edmilson Leite aos 42 e Mano aos 44 minutos do segundo tempo
Expulsão: Ivan Lopes e Derivaldo aos 44 minutos do segundo tempo
Público: não divulgado
Renda: Cr$ 32.162,00
Sampaio Corrêa: Assis; Célio Rodrigues, Paulo Espanha, Sérgio e Trovão; Joel e Edmilson Leite; Zé Duarte (Mano), Santana, Marcos (Mimi) e Acir. Técnico: Moacir Bueno
Tiradentes de Teresina: Paulo Figueiredo; Ivan Lopes, Ivan Limeira, Baiano e Bitonho; Santos e Derivaldo; Roberval, Sima, Edgar e Leal. Técnico: Mormaço

Moto Club 3x2 Ferroviário - Campeonato Maranhense (1998)

 Depois de uma partida difícil contra o Ferroviário Esporte Club, o Moto Club conseguiu vencer e voltou a ter uma condição de destaque dentro do cenário do returno. Foi a terceira vitória do Papão e a segunda colocação na tabela de classificação.

Foi um jogo de nível técnico médio, onde a equipe do Moto apresentou deficiências na preparação física, o que dificultou seu rendimento dentro de campo. Por outro lado, a fragilidade tática dos atletas do Ferroviário acabou colocando abaixo os planos do técnico Paulo Cabrera de manter o time na liderança isolada do returno.

O primeiro gol do jogo foi marcado por intermédio de Kléber Pereira para o Moto. Aos 27 minutos ele aumentou o marcador e reassumiu a liderança isolada da artilharia, com 13 gols, dois a mais do que o atacante Cal do Sampaio Corrêa.

Antes do término do primeiro tempo, Cacá aproveitou uma falha do sistema defensivo motense para fazer o primeiro gol do Ferrim: 2 a 1.

No segundo tempo, o rendimento jogo não aumentou muito, pelo menos para o Moto. O Ferroviário começou a gostar da partida, mas o meio campista Macula, do Moto, foi quem ampliou e mexeu no placar na etapa final fazendo 3 a 1. Quando a partida parecia liquidada para o Papão, Ronaldo, do Ferroviário, acabou marcando o segundo para o tricolor.

Numa jogada desleal de Fábio, do Moto, em Valbson, do Ferrim, o árbitro Antônio Gonzaga acabou expulsando o jogador tricolor por ter revidado a falta com um soco no motense, que apenas recebeu cartão amarelo. 

Gol de Kléber Pereira
 
FICHA DO JOGO

Moto Club 3x2 Ferroviário
Data:
14.06.1998
Local: Estádio Castelão
Público: 7.337 pagantes
Juiz: Luís Gonzaga de Sousa
Bandeirinhas: Roberth Charles e Sílvio Silva e Silva
Gols: Kléber Pereira aos 15 e 27 e Cacá aos 36 minutos do primeiro tempo; Macula aos 12 e Ronaldo aos 42 minutos do segundo tempo
Expulsão: Valbson aos 42 minutos do segundo tempo
Moto Club: Luciano; Cangerê, Carlinhos, Paulão e Delson; Taica, Melo (Candré) e Macula; Evaristo (Fábio), Kléber Pereira e Dionísio (Sílvio César). Técnico: Ricardo Barreto
Ferroviário: Ronald; Pinto, Marcelo, Cedral e Ivan; Beto, Paulo André (Ronaldo) e Cacá; Carlos Eduardo (Anderson), Junior e Valbson. Técnico: Cabrera

sábado, 22 de julho de 2023

Adaozinho do Sampaio Corrêa

 

Registro do craque Adãozinho com a camisa do Sampaio Corrêa. O craque foi campeão brasileiro da Série C em 1997 quando o Sampaio formada com esta base: Geraldo; Erly, Gelásio, Nei e Lélis; Luís Almeida, Toninho e Ricardo (Edirzinho); Jô (Cal), Marcelo Baron e Adãozinho (Serginho), sob o comando do treinador Pinho

Moto Club 1x0 Ferroviário – Taça Cidade de São Luis (1975)

Conseguiu o Moto novo triunfo ontem na Taça Cidade de São Luis, superando pela segunda vez na competição ao quadro do Ferroviário por 1 a 0, com gol de Paraíba, repetindo o feito da primeira fase da competição. O Clássico, que fez o rubro-negro ficar na liderança agra em companhia do Maranhão sem ponto perdido, tecnicamente não agradou, principalmente na fase de início, disputado debaixo de muita morosidade, com as peças de ataque sendo dominadas pelas duas defensivas e com raríssimos chutes a gol. Na fase final, entretanto, o Ferroviário, que no primeiro tempo tinha jogado um pouco melhor, caiu de produção e se o campeão da cidade não aumentou o marcador, deve-se à afobação de Coelho, em dois lances capitais, quando teve o gol à disposição e acabou desperdiçando. O primeiro, entrando livre na área, recebendo lançamento em profundidade e atirando em cima de Marcial, e o segundo, no finalzinho do espetáculo, quando chutou por cima da meta uma bola onde o toque deslocaria o guardião ferrim e aumentaria a vantagem motorizada.

Para quem viu o Moto frente ao São José e Vitória do Mar e assistiu à exibição de ontem, notou uma equipe diferente. E é fácil de se descrever. Bicolores e vitorienses não podem se comparar tecnicamente ao time do Ferroviário, e o jogo apresentado pelo rubro-negro contra os dois pequenos foi de mais ataque, por saber se suas fragilidades. Ontem, foi diferente. Sabendo que o ferrim é tão bom como o Moto, seus jogadores se trancaram mais e não deram espaço ao adversário para jogar, pois em que pese os comandados de Ênio Silva atacaram muito mais no primeiro tempo, o faziam fechando para a área e com isto o trabalho de destruição da defensiva motorizada era bom porque os centrais estavam atuando à contento, bem secundados por Gojoba na cobertura da área. Quando o Ferroviário procurava as pontas, levara um pouco mais de perigo. Depois, os dois laterais do Moto espantaram os frágeis ponteiros ferrins e ai se acabou todo o ataque do Ferroviário.

O GOL – o gol isolado do clássico foi marcado através do comandante de ataque Paraíba, exatamente aos 45 minutos do primeiro tempo. Lima ganhou o lance na direita com Vivico, que ficou caído, e cruzou rasteiro. Paraíba acompanhava a pelota e chutou de primeira, rasteiro, no canto esquerdo de Marcial, que ainda jogou-se ao encontro da bola, sem conseguir defende-la. A bola entrou raspando a trave esquerda, em chute forte, que levava endereço certo.




 
Moto Club 1x0 Ferroviário
Data: 16.04.1975
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 17.606,00
Público: 3.058 pagantes
Juiz: Lercílio Estrela
Bandeirinhas: José Salgado e Francisco Sousa 
Gol: Paraíba aos 45 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Dé; Carlinhos, Zé Luís, Irineu e Milton; Gojoba e Luís Augusto; Lima, Paraíba (Nestor), Serginho e Coelho. Técnico: Aníbal Ferraz
Ferroviário: Marcial; Ferreira, Gaspar (Selmo), Vivico e Selmo (Carrinho I); Jorge Santos e Isaías (Pedro), Saneguinha, Nivaldo, Pedro (Irismar) e Castro. Técnico: Moacir Bueno