O
Blog “Futebol Maranhense Antigo”, neste post especial, traz hoje a terceira
geração de craques da família do saudoso Tutinha, cearense de Maracanaú e que
atuou por Sampaio Corrêa, Moto Club e Ferroviário, dentre outros grandes do
futebol nordestino. A título de registro, Frank Souza, filho de Tutinha, seguiu
os passos do seu pai antes de embarcar para a Europa e estabilizar-se há mais
de dez anos. Frank começou a sua carreira em 1997, nos juniores (o antigo
sub-20) do Sampaio Corrêa, trazido pelo preparador de goleiros Marcial e pelo
saudoso ex-meia Djalma Campos – Frank veio na mesma leva de craques como Arlindo
Maracanã, Válbson, Cacá, Jurandir e Serginho (hoje atuando pelo beach soccer);
rapidamente ele foi elevado à categoria de profissional através do professor
Erandir Montenegro.
TUTINHA: A PRIMEIRA GERAÇÃO DA FAMÍLIA SOUZA
Tutinha disputando a Taça Brasil de 1968 pelo Moto Club
Tutinha com a camisa do Sampaio Corrêa, em 1969
Tutinha no Ferroviário
FRANK: A SEGUNDA GERAÇÃO
Após dois anos vestindo a camisa Tricolor, Frank teve uma rápida passagem pelo Ceará Sporting Club antes de transferir-se para o Moto Club, onde ficou por um breve período (1999 a 2000). Em seguida, rumou para o exterior, atuando entre 2002/2003 na Bélgica (pelo KSK Lebbeke) e futebol francês (jogou pelo Dijon Football Côte d'Or), antes de fixar residência na Espanha, onde vive há quase cinco anos. Em 2007, após quase assinar o seu retorno ao Sampaio Corrêa, Frank seguiu para a cidade de Murcia e, em seguida, para Lugo, a capital da província de Vivero, na Espanha. Atualmente ele joga pelo modesto S.D.R. Sacido, um pequeno clube da cidade. Além de ainda atuar nos gramados, o filho do eterno craque Tutinha conseguiu manter a geração de boleiros da família com a dupla Dener e Kluivert, netos de Tutinha e que atuam pelo modesto Viveiro Club de Fútbol, equipe da região da Galícia espanhola.
Frank nos juvenis do Sampaio Corrêa, saindo da sede boliviana, no Turu, para o jogo diante do Maranhão,na preliminar de Moto Club x Seleção Carioca, dia 02 de Março de 1997, no Castelão.
Frank atualmente e as duas equipes europeias por onde atuou, o KSK Lebbeke da Bélgica e o Dijon Football Côte d'Or, da França
DENER: A NOVA GERAÇÃO
Dener Augusto Viana de Souza, jogador canhoto e com um ótimo perfil técnico, é o nosso personagem especial neste post do blog. O garoto, que completa 17 anos nesta data, 10 de Janeiro, é a aposta, junto com o irmão Kluivert, para manter a tradição de bons nomes dentro dos gramados da família Souza. E o nome do pequeno craque é uma legítima e justa alusão a um dos grandes craques que já desfilaram pelos gramados brasileiros: Dener Augusto de Souza, artilheiro com passagens por Vasco da Gama e Portuguesa de Desportos e que teve a sua vida encurtada na trágica madrugada do dia 18 de Abril de 1994, no Rio de Janeiro. Dener voltava de São Paulo, onde havia se reunido com dirigentes da Portuguesa e do Stuttgart da Alemanha para uma futura transferência, e passado o fim de semana com a família, quando o seu carro, dirigido pelo amigo Oto Gomes, perdeu a direção e chocou-se com uma árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Fascinado pelos dribles curtos e excepcional habilidade do craque da Lusa, Frank, então com 14 anos, confidenciou a amigos próximos que o seu primeiro filho seria homenageado com o mesmo nome do jogador que o fazia delirar com os dribles milimetricamente perfeitos. Quatro anos depois, a 10 de Janeiro de 1998, vinha ao mundo, em uma maternidade de São Luis, o pequeno Dener. E o futuro mostraria que o garoto carregava no sangue a mesma paixão e habilidade que fizera seu avô ser consagrado nos gramados ludovicenses.
Fascinado pelos dribles curtos e excepcional habilidade do craque da Lusa, Frank, então com 14 anos, confidenciou a amigos próximos que o seu primeiro filho seria homenageado com o mesmo nome do jogador que o fazia delirar com os dribles milimetricamente perfeitos. Quatro anos depois, a 10 de Janeiro de 1998, vinha ao mundo, em uma maternidade de São Luis, o pequeno Dener. E o futuro mostraria que o garoto carregava no sangue a mesma paixão e habilidade que fizera seu avô ser consagrado nos gramados ludovicenses.
Dener Souza na sua primeira temporada nos infantis do AD Praia de Covas
Dener no AD Praia de Covas, a sua primeira equipe (2009/2010)
AD Praia de Covas
Sob a orientação do treinador Emilio Rosanes, Dener entrando na partida Viveros x Burela, com a camisa 10
Nascido às 12 horas no Hospital e Maternidade Materno Infantil e pesando 3,670 kg para perfeitos 53 cm, Dener, como a maioria dos garotos da sua idade, apaixonou-se muito cedo pelo futebol – e talvez a genética tenha falado mais alto nesse momento. Mudou-se com a família para a Espanha aos dez anos de idade. Com uma carreira promissora, Dener, logo aos 12 anos, passou a defender a equipe infantil da Asociación Deportiva Praia de Covas entre 2009 e 2010 - na época o seu primeiro treinador foi o renomado ex-árbitro da RFEF (Real Federación Española de Fútbol) e agente FIFA, Pedro Emilio Rosanes González. Sobre o seu pupilo, Rosanes é só elogios: “O melhor de Dener é a sua qualidade técnica e a sua capacidade de trabalho. Progrediu muito no primeiro ano ao competir com jogador maiores do que ele”, confidenciou ao blog.
Já na temporada seguinte, 2011/12, o pequeno craque passou a integrar o Viveiro Club de Fútbol (equipe fundada no já distante ano de 1923 e que tem a sua sede em Lugo), para jogar a Liga Galega sub-14. Dener jogou por duas temporadas, o necessário para deixar a equipe na divisão de elite da categoria.
Residindo a quase uma década fora do Brasil e pela convivência com outro tipo de cultura e língua, Dener Já fala o português com bastante dificuldade. “Não mais escreve português e se confunde bastante em algumas palavras”, assegura o seu pai Frank, casado há 18 anos com a brasileira Silvia Marla. O jogador tem poucas recordações do Brasil e sobretudo do Maranhão, mas ainda guarda alguns poucos momentos da infância em terras maranhenses. O garoto, porém, sabe que o seu nome é uma homenagem ao eterno craque da Lusa e acompanha pela internet alguns lances imortalizados do meia-atacante brasileiro, que morreu no auge da carreira (aos 23 anos de idade).
Jogador de grande habilidade com o pé esquerdo, técnico e com um futuro promissor, o pequeno Dener mostra toda a sua polivalência em campo: começo atuando como atacante em um jogo da Liga Galega; rapidamente o treinador o recuou para a meia. Dener arrebentou em campo e logo foi remanejado em definitivo para a posição de segundo volante, sobretudo pela sua característica de armar e desarmar com exímia destreza. E, apesar da pouca idade, os números do pequeno craque, que já atua na categoria sub-19, surpreendem: na temporada passada, por exemplo, ele ajudou a sua equipe a alcançar um fato inédito – conquistou o título de campeão da liga provincial, ganhou o play-off de ascenso para a liga galega (e elite do futebol espanhol) e, de quebra, faturou a Copa Deputación, uma espécie de Nordestão da Espanha. Dener ainda foi indicado com um dos melhores volantes da temporada de 2014. Números e feitos do jovem craque que certamente encheriam de orgulho o saudoso Tutinha, feliz e sorrindo lá de cima, na certeza de que deixou aqui na terra um legado que dará continuidade à sua memória nos gramados.
Já na temporada seguinte, 2011/12, o pequeno craque passou a integrar o Viveiro Club de Fútbol (equipe fundada no já distante ano de 1923 e que tem a sua sede em Lugo), para jogar a Liga Galega sub-14. Dener jogou por duas temporadas, o necessário para deixar a equipe na divisão de elite da categoria.
Residindo a quase uma década fora do Brasil e pela convivência com outro tipo de cultura e língua, Dener Já fala o português com bastante dificuldade. “Não mais escreve português e se confunde bastante em algumas palavras”, assegura o seu pai Frank, casado há 18 anos com a brasileira Silvia Marla. O jogador tem poucas recordações do Brasil e sobretudo do Maranhão, mas ainda guarda alguns poucos momentos da infância em terras maranhenses. O garoto, porém, sabe que o seu nome é uma homenagem ao eterno craque da Lusa e acompanha pela internet alguns lances imortalizados do meia-atacante brasileiro, que morreu no auge da carreira (aos 23 anos de idade).
Jogador de grande habilidade com o pé esquerdo, técnico e com um futuro promissor, o pequeno Dener mostra toda a sua polivalência em campo: começo atuando como atacante em um jogo da Liga Galega; rapidamente o treinador o recuou para a meia. Dener arrebentou em campo e logo foi remanejado em definitivo para a posição de segundo volante, sobretudo pela sua característica de armar e desarmar com exímia destreza. E, apesar da pouca idade, os números do pequeno craque, que já atua na categoria sub-19, surpreendem: na temporada passada, por exemplo, ele ajudou a sua equipe a alcançar um fato inédito – conquistou o título de campeão da liga provincial, ganhou o play-off de ascenso para a liga galega (e elite do futebol espanhol) e, de quebra, faturou a Copa Deputación, uma espécie de Nordestão da Espanha. Dener ainda foi indicado com um dos melhores volantes da temporada de 2014. Números e feitos do jovem craque que certamente encheriam de orgulho o saudoso Tutinha, feliz e sorrindo lá de cima, na certeza de que deixou aqui na terra um legado que dará continuidade à sua memória nos gramados.
Dener com a camisa do Vivero
Dener na sua primeira partida da liga da temporada 2011/12 - Viveiro CF x Conxo
Viveiro x Milagrosa - Liga Galega Infantil 2011/2012
A figurinha de Dener no álbum de liga provincial 2012-2013
Dener na sua primeira temporada pelo Vivero. Em pé: David, Angelo, Martin, Javi, Andrés, Miguel, Xoel, Abel, Marco e Lorenzo Canoura (treinador). Agachados: Dener, Sergio, Juan, Roi, Polo, Tomi, Rubén, Manguel, Pablito y Arturo
Dener e o capitão Joel Martínez Otero, campeões da Liga provincial, acesso à Liga Galega
SANGUE DO MARWEL
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