terça-feira, 28 de outubro de 2014

Nhozinho Santos abandonado antes da estreia do Sampaio no Nacional de 1974


Registro do Municipal com as arquibancadas encobertas pelo mato poucos dias antes da estreia do Sampaio Corrêa no Campeonato Brasileiro de 1974. Em ritmo dos mais rápidos possíveis esteve o trabalho de colocação de terra preta e a gramada de jogo do Municipal para a partida entre o Tricolor e o Flamengo (RJ), dia 10 de Março daquele ano. Até poucos dias antes, a grama tinha atingido menos de um quarto, faltando mais da metade para colocação da terra preta e os trabalhadores ainda estavam tapando os últimos buracos existentes da drenagem efetuada.

Uma turma de 200 trabalhadores estavam em atividade no campo do Municipal, 24 horas por dia, sendo que às 2 horas da madrugada a administração da praça de esportes concedeu gratuitamente uma merenda para recuperar as energias perdidas dos trabalhadores, sendo carne de boi cozida com verdura.


Hiltinho e Chiquinho no MAC na década de 80


Belo registro dos craques Hiltinho e Chiquinho com a camisa do Glorioso Maranhão Atlético Clube na década de 80. Hiltinho, ao longo da sua carreira como profissional, foi goleador por onde passou e jogou pelo Tocantins, Graça Aranha, MAC, Moto Club, Vitória do Mar, CSA, Bacabal, Araguaína, Ferroviário e Codó, este último na na metade da década de 90, quando encerrou a carreira. O craque ainda teve uma boa passagem pelo futebol belga. Já Francisco Chagas da Silva, o Chiquinho, rodou por Imperatriz, Maranhão e futebol português - Sport União Sintrense, Futebol Clube Barreirense, União Desportiva e Esporte Clube Estrela.

(foto: acervo pessoal do jogador Chiquinho)

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

VÍDEO - treinador Antônio Lopes (ex-Vasco da Gama) com a camisa e boné do Sampaio Corrêa


No Globo Esporte Nacional, os ex-jogadores Jefferson e Pinga relembram a final da Copa do Brasil de 1992 no quadro "Frente a Frente". O treinador Antônio Lopes, atualmente gerente de futebol do Atlético Paranaense e que fez carreira como treinador de Paraná, Brasil Vasco da Gama, Grêmio, Coritiba, Atlético Paranaense e outros, também participou da entrevista. Lopes, campeão da Libertadores em 1998 com o Vasco da Gama, apareceu vestindo a camisa e um boné do Sampaio Corrêa. Vale o vídeo pelo inusitado registro.




VÍDEO
 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Desembarque dos novos jogadores do Sampaio Corrêa em 1974


Em 1974 o Sampaio Corrêa foi o representante maranhense no Campeonato Nacional, após uma campanha vergonhosa do Moto Club no ano anterior na competição. O Presidente boliviano foi ao Sul do país buscar alguns bons reforços para a competição e no dia 01 de Fevereiro de 1974 parte do elenco Tricolor desembarcou no Aeroporto do Tirirical. A seguir, deixo trechos do Jornal O Estado do Maranhão, destacando sobre a chegada dos atletas bolivianos em São Luís.

Finalmente esta tarde estarão desembarcando em nossa capital, por volta das 13h30, viajando pela VASP, o novo time do Sampaio, a equipe de maior torcida do Estado, e que será recebido com Escola de Samba, faixas, algazarra e grande parte da torcida, que realizará verdadeiro carnaval pelas principais ruas da capital com foguetes, que não serão soltados ao Aeroporto do Tirirical, devido à proibição por parte da Aeronáutica, face dos depósitos de gasolina para avião ali existentes.

Virão em companhia do Presidente Nonato Cassas o arqueiro Orlando, que iniciou a sua carreira no São Cristóvão e acabou de se formar na Portuguesa de Desportos; Arizinho, zagueiro da Ponte Grossense; Marinho, zagueiro do Coritiba; Santos, zagueiro da Portuguesa de Desportos; Lourival, meio-campo do São Paulo; Buião, ponteiro-direito do Corinthians; Lucas, ponteiro-direito do São Paulo; Silva, centroavante da Portuguesa de Desportos; Ailton, ponteiro-esquerdo do Nacional de São Paulo; Benazi, lateral-direito dos juvenis da Portuguesa de Desportos; além de treinador Alfredo González e do preparador físico Gualter Aguirre. Lorico, Marão, Nandes e Jorge Luis chegarão somente na próxima semana e Raimundo desembarcou esta semana, viajando pela Trans-Brasil. 

02 de Fevereiro de 1974






Enfrentando uma chuva miúda, mas com muita animação, milhares de torcedores do Sampaio recepcionaram ontem no Tirirical os novos jogadores da equipe boliviana contratados no Sul do país. Desde cedo vários ônibus foram colocados à disposição da torcida que às 13 horas já lotava completamente a Estação de Passageiros do Aeroporto, transformado em um improvisado salão onde, ao som de marchas carnavalescas e sobretudo do hino do clube, os torcedores faziam ruidosa manifestação à espera do aparelho da VASO. À medida que se aproximava a hora prevista para o desembarque (13:30), aumentava o número de torcedores, quase sempre identificados pela camiseta Tricolor ou pelas bandeiras que apareciam agitadas em todos os cantos pelas ruas onde mais tarde passaria o ônibus que conduzia a delegação à nova sede do clube.

À falta de um melhor serviço de orientação do trânsito, o estacionamento ficou difícil para se transformar em grande engarrafamento quando todos deixavam o aeroporto. Como havia muita gente, foi pedido um policiamento reforçado da PME, que chegou sem tempo de evitar a invasão da pista de pouso e muito menos de controlar o trânsito.

Como chegaram dois aviões da VASP ao mesmo tempo, a confusão se generalizou, já que ninguém sabia ao certo qual dos dois conduzia a delegação. Finalmente alguém gritou: “É aquele lá atrás... Lá vem eles” e foi o suficiente para que dezenas de pessoas rompessem cordões de isolamento. O avião parou cerca de cem metros da estação e com muitas dificuldades os jogadores chegaram até o ônibus, que por medida de segurança já estava estacionado na pista. Na confusão que se formou, quase ninguém se entendeu e muito menos identificou os jogadores aparentemente calmos e se esforçando para atender aos jornalistas e torcedores que conseguiram se aproximar, mas muito atento às ordens que recebiam do presidente, que recebia cumprimentos de dirigentes e companheiros do clube e se desculpava por não poder atender a imprensa, preocupado em manter sempre à vista todos os jogadores e repetia: “Lá fora nós daremos as entrevistas. Tem muita gente aqui, Olha, não deixa ninguém se separara. Todo mundo ali, o ônibus está ali”.

Os jogadores, todos trajando roupas de esporte (um ou dois cabeludos), o técnico Alfredo González, o preparador físico Gualter Aguirre e o próprio presidente embarcaram no ônibus da empresa Araguarina, que deixou a pista saindo pelo portão de serviços do aeroporto e abriu caminhos no trânsito difícil de chegar à Avenida Santos Dumont. A torcida não parou de gritar “Sampaio, Sampaio” e cantar o hino, acompanhando uma escola de samba. Os jogadores acenavam para a torcida e pareciam já mais calmos e satisfeitos com a recepção.

Não se dando por satisfeita, grande parte da torcida seguiu o ônibus organizando um cortejo que foi do aeroporto percorrendo a avenida que dá acesso à Cohab e chegando à sede do Turu. Os jogadores desembarcaram protegidos por alguns funcionários do clube e o capitão Gedeon, da PME, que com muita dificuldade conseguiu manter as portas fechadas, De instante em instante a porta era forçada e alguns jogadores conseguiam entrar. Alguns privilegiados torcedores mais ligados à torcida tinham acesso, o que aumentava a revolta dos que ficavam barrados. Um rapaz furou o cerco e entrou. Reconheceu o goleiro Orlando. Estendeu a mão e, mostrando a camisa suada, disse: “Esta é a camisa do nosso time. Você vai ver a torcida, é como a do Flamengo”.

De modo geral, a recepção ficou prejudicada pela falta de um melhor serviço de segurança e organização do tráfego. Os dirigentes do clube mostravam-se surpresos e esclareceram: “Não esperávamos tanta gente com essa chuva toda”. A confusão foi tão grande que só ao chegar na sede os dirigentes sentiram falta das bagagens. Não houve tempo para receber e somente algumas horas depois chegavam os 26 volumes dos 14 integrantes da delegação. Todos vieram para uma temporada de onze meses e com contrato assinado.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Camisa do Sampaio Corrêa


Um belíssimo exemplar de camisa do Sampaio Corrêa, da CCS. Não há informações sobre o ano, mas há indícios de que seja da primeira metade da década de 90. Vale a pena pelo registro.



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sampaio Corrêa 3x1 Fluminense (RJ) - Campeonato Brasileiro 1974



Matéria extraída do Jornal O Estado do Maranhão, de 1974

Espetacular triunfo sob todos os modos conseguiu o Sampaio Corrêa diante do Fluminense pelo marcador de 3x1, quebrando o tabu do Tricolor carioca, que em toda sua existência, nunca tinha sido derrotado em São Luís. Foi mais do que justo o triunfo do Mais Querido a cidade, que soube suportar a pressão do adversário, e mesmo jogando mal, equilibrou as ações, até conseguir o empate, quando melhorou sensivelmente, partindo então para o ataque, para desempatar o cortejo no minuto final.

A torcida maranhense explodiu de entusiasmo com o triunfo dos mais sensacionais, pois o que se nota é que a equipe sampaína pouco a pouco vai rendendo o necessário, com as peças se ajustando e o time atualmente é uma das grandes forças do futebol nortista, com cinco pontos e três perdidos, partindo para a classificação.

No tempo final, o Fluminense cresceu um pouco mais, devido o Sampaio ter recuado para garantir o marcador, e ai se viu aparecer com destaque a defensiva maranhense, onde Moraes prontificava na zaga, e Gilson garantia a meta, parecendo que será mesmo o dono da posição. Fluminense ficou apavorado até que Moacir aplicou um pontapé pelas costas em Marinho, com o juiz expulsando os dois jogadores, deixando a equipe maranhense com desfalque para domingo.

OS GOLS – O gol que iniciou a maratona dos quatro anotados ontem foi do Fluminense, aos 23 minutos, através de Manfrini. O meia Tricolor dominou a bola, tocou de um pé ao outro, sem ter o combate dos defensores do Sampaio, e atirou pelo alto, entrando a bola no cantor direito de Gilson, que não contava com o chute do jogador carioca.

Parecia, com isso, que o Sampaio seria derrotado porque a equipe não tinha ainda se encontrado no gramado. Entretanto, aos 35 minutos, Adelino conseguiu o empate em jogada espetacular de Sérgio Lopes, que correu pela ponta-direita e cruzou na medida com Adelino entrando livre para vazar a cidadela de Roberto. Era a primeira explosão da torcida maranhense.

Aos 44 minutos conseguiu o time maranhense seu segundo gol, através de Lourival. Foi um ataque em massa do Sampaio, com rápido toque de bola. Djalma Campos entregou a Dionísio e este deu um leve toque para Lourival, que vinha na corrida.  Meio-campista chutou rasteiro ao campo esquerdo de Roberto. O guardião Tricolor carioca, quando saltou para tentar a defesa, a bola já se encontrava no fundo da meta. Era a alegria redobrada da grande torcida maranhense.

No segundo tempo, tentou por todos os meios o Fluminense o empate, e o Sampaio recuou para tentar nos contra-ataques pear a defensiva contrária desprevenida, o que aconteceu aos 45 minutos. Dionísio recebeu em profundidade e partiu para cima de Rubens, batendo o central e entregando a Jorge Luís. O carioca teve a lita com Rubens, mas entrou na área, dominou e atirou no canto esquerdo com Roberto tentando a defesa, o que não conseguiu. Era o grande triunfo do Sampaio, que mostra ao futebol do Brasil que no Maranhão se pratica futebol, ao contrário do que fez o Moto ano passado, quando envergonhou o nome do Maranhão esportivo. A responsabilidade sampaína é grande, mas com a disciplina que reina no elenco onde o mesmo é profissionalizado, encarando todos, o sucesso da equipe e do nosso futebol com o grande trabalho de Aguirre e Alfredo González e dos dirigentes bolivianos.

 A defesa do Tricolor de Álvaro Chaves marca sob pressão, vendo-se Airton cabeceando, com Toninho próximo ao lance

Airton luta com Toninho, mas perde o lance para o lateral Tricolor

 Rubens ganha o lance com Lourival, mas acaba perdendo o jogo por 3x1 

Cafuringa tenta bater Moraes, enquanto Santos corre pela lateral para fazer a cobertura da defesa sampaína











FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x1 Fluminense (RJ)
Campeonato Brasileiro
Data:
20 de Março de 1974
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 114.159,00
Público: 15.708 pagantes
Juiz: Dulcídio Wanderley Boschila (SP)
Gols: Manfrine aos 22, Adelino aos 35 e Lourival aos 44 minutos do primeiro tempo; Jorge Luís aos 45 minutos do segundo tempo
Expulsão: Marinho e Moacir aos 40 minutos do segundo tempo
Sampaio Corrêa: Gilson; Marinho, Morais, Raimundo e Santos; Lourival e Sérgio Lopes; Adelino (Jorge Luís), Djalma (Nandes), Dionísio e Ailton. Técnico: Alfredo Gonzalez
Fluminense (RJ): Roberto; Toninho, Brünel (Carlos Alberto), Abel e Casagrande, Rubens, Manfrine e Kleber; Cafuringa, Luís Alberto (Amauri) e Moacir. Técnico: Duque

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Neto “Peixe Pedra”


Matéria de Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão, de 6 de Setembro de 1999


Poucos jogadores tiveram o privilégio de jogar nas quatro grandes equipes de futebol profissional de São Luís nas décadas de 50 e 60: Ferroviário, Maranhão, Sampaio Corrêa e Moto Club. Dentre esses pouco, uma minoria de craques foi campeã estadual, vestindo as camisas destes clubes. Neto foi um desses abençoados que nasceram com o dom de jogar e serem campeões, caindo nas graças das principais torcidas do Estado. Por ter nascido na cidade de São José de Ribamar, distante 35 km da capital maranhense, ganhou desde garoto o apelido de “Peixe Pedra”, pescado famoso e saboroso do lugar.

André Pacheco Castro Neto, nascido em 02/07/1936, é filho de Salustiano Diniz Castro e Francisca Pacheco Castro, já falecidos. Tem duas irmãs: Telma e Maria da Graça e um irmão: Mário, que foi quem o levou a dar os primeiros toques na bola, na Praia do Barbosa, em São José de Ribamar. A curriola (turma) deles eram formada pelo Augusto, Gedeão Matos, Genésio ‘Pelé Branco’, Paciência, Minguinho e outros. “Éramos tarados por bola. De manhã e no final da tarde, íamos à praia e o pau comia. Nessa época eu tinha 10 anos. Jogamos juntos até os meus 17 anos. Adorávamos quando chegava o período de férias. É que na época, o pessoal de São Luís vinha passar férias em Ribamar. A cidade ficava cheia e nós aproveitávamos pata jogar contra o pessoal da capital. Era o máximo! Inesquecível”, relembra.

O apelido de Peixe Pedra veio depois que jogou em equipes amadoras de São Luís. Era uma fórmula carinhosa de diferenciá-lo dos companheiros de equipe que tinham o mesmo nome dele. Assim que começou a bater as peladas na praia de Ribamar, Nero era conhecido por “Empinge Braba”, isso porque quando grudava na marcação de alguém, era difícil de largar. Quando se profissionalizou, ganhou outro apelido dos boleiros mais íntimos: Sané.

Aos 17 anos de idade, Neto foi descoberto pelos irmãos Cabeleira, que tinham um time em São Luís, conhecido como Onze Amigos. A sede era no Beco da Pacotilha, no Centro da cidade. “Eu jogava em Ribamar no Vera Cruz e em São Luís no Onze Amigos”. Estava em plena forma técnica e, principalmente, física”, assegura.

A verdade é que Neto não jogou nenhum ano completo no Onze Amigos. Em 1954, o Sampaio Corrêa foi jogar amistosamente em São José de Ribamar, contra o Vera Cruz. O Tricolor ganhou o jogo, mas ele, que havia jogado como ponta-esquerda no Vera Cruz, mostrou serviço e acabou sendo convidado para treinar no time de maior torcida do Maranhão. “O amigo Lourival, que era centroavante do Sampaio, foi quem me indicou ao Jafé Mendes Júnior. Aceitei o desafio e fui em frente. Aos 18 aos de idade, assinei meu contrato como atleta profissional”.

O interessante é que Neto é motense e quis o destino que ele defendesse o Sampaio Corrêa, arqui-inimigo do seu clube de coração e que fosse campeão estadual em 1954, no primeiro campeonato disputado como profissional. “Outro dia tentei lembrar a formação do time campeão e não consegui. Lembro-me bem que tínhamos o Leça no gol, na lateral-esquerda Cacaraí, no meio Sururu e no ataque eu, Gedeão Matos, Henrique Santos, Lourival “Bazar da Amélia”, Ki Ki Ki e Pipira. Era um excelente time”.

Quem jogou com neto garante que ele era valente e não abria pra ninguém. Tinha um condicionamento físico invejável. Chutava com precisão com a perna direita ou esquerda. Era habilidoso e técnico. Gostava de jogar para a frente, porém, ajudava na marcação quando preciso. Fazia seus golzinhos quando os adversários vacilavam na marcação. Falava durante todo tempo que estava em campo. Era amigo dos amigos, dentro e fora dos campos. Gostava de tomar umas cervejinhas depois dos jogos, mas era responsável.

Em 1955 e 1956, Neto continuou no Sampaio. Nestes anos o Moto foi bicampeão estadual. Em 1957 o Ferroviário Esporte Clube, time da estrada de ferro, montou uma super equipe. Lá estava ele. “O Walber Penha era o goleiro e aí vinha Ribeiro Garfo de Pau, Santos, Augusto e Peruzinho; Gentil e Waltair; Pitú, eu, Frango e Vicente; Um time que acabou sendo campeão, desbancando os favoritos Moto e Sampaio Corrêa”.

No ano seguinte (1958), o Ferrim manteve a mesma base do ano anterior e acabou conquistando o bicampeonato em cima do Moto Club. “A decisão foi no campo do Moto (Estádio Santa Izabel), em um domingo de muita chuva. Ganhamos de quatro ou cinco a zero, não me lembro precisamente o placar final. O que sei é que foi uma festa danada. Não tinha jeito, éramos mesmos os melhores da época. Jogávamos de igual para igual com qualquer equipe da região ou do Sul/Sudeste do país. O Ferrim era super organizado. Recebíamos nossos salários em dia. Tudo o que precisávamos, o seu Brito (Presidente do clube) e o Dr. Arias Guimarães (vice-Presidente) nos arrumava. Eles não deixavam faltar nada para nós. Infelizmente um ano depois da conquista do bicampeonato, o Ferrim foi extinto. Até hoje não entendo porque isso aconteceu”.

Do elenco do Ferroviário, alguns atletas foram para o Maranhão e outros para o Moto. Neto, como bom rubro-negro, aceitou a proposta do Major Pereira, então Presidente motense, e foi defender o clube de sua paixão, onde acabou sendo, mais uma vez, bicampeão estadual, em 1959/60. “Uma das formações desta conquista tinha o Bacabal no gol e mais Baezinho, Baezão, Laxinha (isso mesmo, meu compadre jogou atrás e no meio de campo do Moto) e Esmagado; Ananias e Gojoba; Zezico, Nabor, Casquinha e eu. Um belíssimo time que atropelou todo mundo que aparecia na frente”.

No Moto, Neto ficou até 1962. Em 1963, com 27 anos de idade e no auge da carreira, ele acabou trocando o Moto pelo Maranhão. “Foi uma grande temporada. Lunga; Negão, Neguinho, Clécio e Carlindo; Zuza e Barrão; eu, Wilson, Croinha e Alencar. Jogávamos por música. Era um time pai d’égua de bom. Ganhamos o campeonato com tranquilidade. Foi meu sexto título. Enfrentamos nesse ano amistosamente o Vasco, Botafogo, Fluminense, Bangu e Flamengo do Rio de Janeiro e Santos e São Paulo, da capital paulista. Ganhamos vários desses jogos e vendemos caro nossas derrotas. O futebol essa época era nivelado por cima”, relembra todo orgulhoso.

Aos 31 anos de idade (1967), Neto jogou na Seleção Maranhense que disputou o Campeonato Brasileiro Era titular absoluto no time que era formado por Bacabal ou Lunga no gol; Ribeiro Garfo de Pau, negão, Omena e Português; Gojoba e Chico; Garrinchinha, Croinha, Hamilton e ele. Um ano depois (1958), neto voltava a integrar a Seleção Maranhense de Futebol. Depois que disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções, foi para Belém do Pará, onde defendeu o Clube do Remo por uma temporada.

Em 1969 Neto retornou a São Luís e, aos 32 anos de idade, resolveu jogar pelo Graça Aranha Esporte Clube. Em 1970, depois de 16 anos de profissão, Neto decidiu parar com a bola. Foi uma decisão bem pensada e sem possibilidade de retorno. Nunca se decepcionou com o futebol. Ganhou pouco dinheiro e muitos amigos e sempre foi admirado e respeitado pelos diretores, presidentes e torcedores dos clubes que defendeu com muita garra e coragem.

Camisa do Sampaio Corrêa (década de 70)


Hoje deixo aqui no blog um post com algumas fotos de uma raridade: uma camisa (linda) do Sampaio Corrêa Futebol Clube. O ano exato da camisa, infelizmente, é desconhecido. Por algumas fontes em jornais, a camisa pode ser datada da década de 70, mais exatamente de 1972. Porém, não há como afirmar o ano exato em que esse belíssimo exemplar foi utilizado, mas vale o registro aqui no Blog. Crédito da foto: Henrique Teixeira




sexta-feira, 3 de outubro de 2014

ÁUDIO - Classificação nos pênaltis do Moto Club à fase seguinte da Série D



Foi sofrido, mas o Moto Club passou à fase seguinte do Campeonato Brasileiro da Série D e está a apenas dois jogos de retornar à Série C do Nacional. Após perder por 1 a 0 em Itu, o rubro-negro venceu no tempo normal em São Luís pro 1 a 0, gol de Fabiano, cobrando pênalti, aos 20 minutos do primeiro tempo. Com a igualdade no marcador após os 180 minutos, as duas equipes decidiram a vaga nas cobranças de pênaltis e brilhou a estrela do goleiro Ruan, que defendeu dois pênaltis e garantiu o Moto Club na terceira fase da Série D. Ouça toda a emoção das cobranças de pênaltis que garantiu o Moto na fase seguinte.


LINK DO JOGO COMPLETO (ÁUDIO) +PENALIDADES + COMEMORAÇÃO

http://www.mediafire.com/listen/ot6q7knsn37gkuk/MOTO_CLUB_1X0_ITUANO_-_SÉRIE_D_2014.mp3

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