Maranhão em 1946: em pé - Aldo, Nezinho, Alberto, Manoel Cotia, Durvalino, Castelar, Walter, Moura, Ananias e Edgar (técnico); agachados - Juarez, Toninho, Coelho, Mercy, Becão, Arel e Erasmo
Matéria de Edivaldo pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão
Matéria de Edivaldo pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão
Jogar para Durvalino foi um grande passatempo. Fez parte do Maranhão Atlético Clube. Atuou em várias posições. Gostava da defesa. Também compôs o time de estreia do Ferroviário Esporte Clube, em 1954. Temperamental, acumulou no currículo inúmeras expulsões, a exemplo do ídolo rebelde Heleno de Freitas, do Botafogo. Fora dos gramados, trabalhava para levar uma vida tranquila. Ajudou muito os jogadores. Hoje, aos 77 anos de idade, diz que o futebol foi mais importante para ele do que ele para o futebol.
Durvalino esclarece que não foi craque, ao contrário dos irmãos mais velhos Leônidas (lateral e ponta-direita, jogou no MAC) e Ubaldo (atacante que chegou ao América, Vasco e Olaria). “Eles é que jogavam e me deixava influenciar”.
A paixão pelo futebol dos irmãos nasceu cedo. Conta Durvalino que, sendo moradores do Bairro de São Pantaleão, eles iam “rasgar o dedo do pé” nos campos do Tabocal e da Vila Bessa, mesmo contra a vontade do pai. “Meu pai não tolerava futebol e sempre prometia dar uma surra na gente. Cansou de brigar e desistiu porque não houve jeito de a gente parar”.
Quando Leônidas e Ubaldo chegaram ao MAC, Durvalino acompanhava os treinos no Campo do Luso, onde hoje está o Hospital Português e o SENAC. Levava a chuteira na mão para caso precisassem de alguém para completar a reserva. Foi assim que por volta de 1944 entrou para a lateral-direita como um quebra-galho e ficou no clube jogando como um não-amador. Não recebia salário. Participava do “bicho”, mas doava a parte que lhe cabia aos colegas mais pobres. “Eu trabalhava no comércio e futebol pra mim era pura diversão. Por isso não fazia questão dos bichos”. Para treinar e disputar as partidas à tarde, teve que fugir inúmeras vezes do trabalho.
Em campo, Durvalino estava sempre pronto a ajudar. Na lateral-direita ou na meia-direita, sua maior preocupação era a marcação. Brigão, se desentendia com os árbitros. “Quando eu achava que tinha razão, lutava pelos meus direitos. Cheguei a ir aos tapas com o árbitro Heitor Nunes, irmão do falecido Jafé Mendes Nunes”. Como consequência da indisciplina, “sina-braba” (como era chamado pelos mais íntimos) pegou 60 dias de suspensão.
Na década de 1950,trabalhando como agente especial da estação da Estrada de Ferro (REFFSA), continuava com a bola. Já próximo de completar 30 anos, atou na estreia do Ferroviário Esporte Clube, em 19 de Janeiro de 1954, no Estádio Santa Izabel lotado. O FEC perdeu para o Palmeiras de Caxias por 6 x 1 jogando com Sousa Castro; Ademar e Carlito; Lobato, Justino (Clóvis Viana) e Rangel; Maçarico e Durvalino; Rui, Negão e Domingos (Sabia II).
Durvalino jogou por longos 10 anos. Muitos lembram dele como o raçudo que, enquanto esteve em campo, vestiu com amor as camisas do MAC e do Ferroviário. Desentendia-se frequentemente com adversários e árbitros, mas era amigo dos companheiros de equipe e fazia sucesso com as garotas. Magro, alto para os padrões das época, pele clara, cabelos pretos e olhos azuis, teve muitas namoradas, às vezes tomadas dos próprios amigos. Viveu com 12 mulheres. Hoje apenas a filha Maiane mora com ele.
Durvalino esclarece que não foi craque, ao contrário dos irmãos mais velhos Leônidas (lateral e ponta-direita, jogou no MAC) e Ubaldo (atacante que chegou ao América, Vasco e Olaria). “Eles é que jogavam e me deixava influenciar”.
A paixão pelo futebol dos irmãos nasceu cedo. Conta Durvalino que, sendo moradores do Bairro de São Pantaleão, eles iam “rasgar o dedo do pé” nos campos do Tabocal e da Vila Bessa, mesmo contra a vontade do pai. “Meu pai não tolerava futebol e sempre prometia dar uma surra na gente. Cansou de brigar e desistiu porque não houve jeito de a gente parar”.
Quando Leônidas e Ubaldo chegaram ao MAC, Durvalino acompanhava os treinos no Campo do Luso, onde hoje está o Hospital Português e o SENAC. Levava a chuteira na mão para caso precisassem de alguém para completar a reserva. Foi assim que por volta de 1944 entrou para a lateral-direita como um quebra-galho e ficou no clube jogando como um não-amador. Não recebia salário. Participava do “bicho”, mas doava a parte que lhe cabia aos colegas mais pobres. “Eu trabalhava no comércio e futebol pra mim era pura diversão. Por isso não fazia questão dos bichos”. Para treinar e disputar as partidas à tarde, teve que fugir inúmeras vezes do trabalho.
Em campo, Durvalino estava sempre pronto a ajudar. Na lateral-direita ou na meia-direita, sua maior preocupação era a marcação. Brigão, se desentendia com os árbitros. “Quando eu achava que tinha razão, lutava pelos meus direitos. Cheguei a ir aos tapas com o árbitro Heitor Nunes, irmão do falecido Jafé Mendes Nunes”. Como consequência da indisciplina, “sina-braba” (como era chamado pelos mais íntimos) pegou 60 dias de suspensão.
Na década de 1950,trabalhando como agente especial da estação da Estrada de Ferro (REFFSA), continuava com a bola. Já próximo de completar 30 anos, atou na estreia do Ferroviário Esporte Clube, em 19 de Janeiro de 1954, no Estádio Santa Izabel lotado. O FEC perdeu para o Palmeiras de Caxias por 6 x 1 jogando com Sousa Castro; Ademar e Carlito; Lobato, Justino (Clóvis Viana) e Rangel; Maçarico e Durvalino; Rui, Negão e Domingos (Sabia II).
Durvalino jogou por longos 10 anos. Muitos lembram dele como o raçudo que, enquanto esteve em campo, vestiu com amor as camisas do MAC e do Ferroviário. Desentendia-se frequentemente com adversários e árbitros, mas era amigo dos companheiros de equipe e fazia sucesso com as garotas. Magro, alto para os padrões das época, pele clara, cabelos pretos e olhos azuis, teve muitas namoradas, às vezes tomadas dos próprios amigos. Viveu com 12 mulheres. Hoje apenas a filha Maiane mora com ele.
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