O Papão do Norte recebeu, no dia 05 de Setembro de 1973, uma placa ofertada pelo Botafogo (RJ), em virtude de o time motorizado ser o primeiro clube maranhense a disputar a Primeira Divisão do Campeonato Nacional de futebol. Porém, um fato curioso é que essa não foi a primeira participação de um time maranhense no Campeonato, antigamente dividido em zonas - posteriormente o Campeonato recebeu outras denominações, como Taça de Prata, Taça Ouro, etc., para designar as suas divisões.
Em 1971, ano da criação do atual Campeonato Brasileiro que dava lugar à já extinta Taça Brasil, Moto, Maranhão, Sampaio Corrêa e Ferroviário disputaram uma seletiva regional para delegar os nossos representantes na primeira edição da competição, que foi simbolicamente chamada de "Brasileirinho", competição que incorporava os outros clubes que não pertenciam à chamada Primeira Divisão. Sampaio e MAC foram, assim, os primeiros clubes a disputarem a "Série B", do Nacional, já que haviam se classificado na seletiva. No ano seguinte o Papão debutou na segundona do Nacional, ao lado de Sampaio Corrêa e Ferroviário, o famoso Ferrim, equipe ligada à Estrada de Ferro. Apesar do título de Campeão do Brasileirinho e do Estadual desse ano, o Sampaio e Moto disputaram a vaga para 73 em uma melhor de três jogos - Maranhão e Ferroviário desistiram da seletiva. Incrivelmente o Papão venceu o supercampeão Sampaio Corrêa (em 72, além de faturar o Maranhense e o Brasileiro, a Bolívia foi campeã da Taça Cidade de São Luis e do já extinto Maranhão-Pará) e ficou com a vaga para a elite do futebol nacional, configurando-se, assim, como o primeiro clube maranhense a disputar a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.
Placa do Botafogo (RJ) ao Moto Club
Na elite, o time motorizado realizou uma fraquíssima campanha, vencendo apenas um jogo - o CEUB, do Distrito Federal, dentro de Brasília. A estréia do time motense aconteceu diante do Cruzeiro, em São Luis, dia 26 de Agosto de 2003, na derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro em pleno Nhozinho Santos:
FICHA DO JOGO
Moto Club 0x3 Cruzeiro (MG)
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Valquir Pimentel (RJ)
Gols: Roberto Batata aos 34 minutos do primeiro tempo; Roberto Batata aos 29 e Dirceu Lopes aos 34 minutos do segundo tempo
Público: 20.158 pessoas
Renda: Cr$ 135.854,00
Moto Club: Sousa; Chico, Marins, Laudemir e Barbosa; Gojoba e Américo; Vagner, Marcos (Canhoteiro), Carlinhos e Dario. Técnico: Roberto Rack
Cruzeiro (MG): Raul; Nelinho, Perfumo, Darci Menezes e Vanderley; Piazza (Baiano), Zé Carlos e Dirceu Lopes; Eduardo, Roberto Batata e Lima (Reinaldo). Técnico: Hilton Chaves
Local: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Valquir Pimentel (RJ)
Gols: Roberto Batata aos 34 minutos do primeiro tempo; Roberto Batata aos 29 e Dirceu Lopes aos 34 minutos do segundo tempo
Público: 20.158 pessoas
Renda: Cr$ 135.854,00
Moto Club: Sousa; Chico, Marins, Laudemir e Barbosa; Gojoba e Américo; Vagner, Marcos (Canhoteiro), Carlinhos e Dario. Técnico: Roberto Rack
Cruzeiro (MG): Raul; Nelinho, Perfumo, Darci Menezes e Vanderley; Piazza (Baiano), Zé Carlos e Dirceu Lopes; Eduardo, Roberto Batata e Lima (Reinaldo). Técnico: Hilton Chaves
Moto Club e Cruzeiro perfilados no Municipal em 1973 (Foto: arquivo pessoal do ex-árbitro Nacor Arouche)
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