Em 1971 foi criado o chamado Campeonato Nacional, o atual Brasileirão, dando lugar à extinta Taça Brasil. Em sua primeira edição, houve uma fase inicial, uma Seletiva, envolvendo Sampaio, Maranhão, Moto e Ferroviário. Os dois melhores classificados passariam, então, para o campeonato, na chamada chave regional, envolvendo equipes maranhenses, cearenses e piauienses. Sampaio Corrêa e Maranhão Atlético Clube foram os nossos representantes e pegaram, já na fase seguinte, os piauienses do River e Flamengo e o Guarany de Sobral. Na fase Seletiva, houve o confronto entre Moto Club e Ferroviário, dia 14 de Agosto de 1971, em jogo disputado no Nhozinho Santos. O Ferrim, de Marçal Tolentino Serra, não suportou o Papão do Norte e perdeu pelo placar de 2 a 0. Deixo, a seguir, a transcrição da partida, ex texto extraído do "Jornal do Dia", de 16 de Agosto, com fotos e súmula:
Moto Club x Ferroviário - 1971
Marcial salta para defender um chute longo de Cimas, quando o placar já estava definido em favor do Papão
Depois dos dois gols do Moto, o jogou passou a se desenrolar mais no meio-campo, com domínio do rubro-negro, onde Faísca aparecia bem
Santana, com a bola dominada, olha a corrida de Mineiro para receber o passe, com Faísca na marcação
Charge do Jornal do Dia para o confronto
Charge do Jornal do Dia para o confronto
"O Moto deu grande passo para alcançar a classificação para a fase interestadual do Campeonato Nacional ao vencer o Ferroviário por 2x0, decidindo o jogo nos quinze minutos iniciais e recuando um pouco para aguentar o marcador, mas sempre marcando com mais perigo que o seu adversário, que se complicou inteiramente atuando com poucas chances para ser um dos classificados.
Surpreendendo o adversário no início da partida, com ataques avassaladores, o Moto mereceu a vitória e se tivesse fustigado mais ainda poderia ter alcançado um triunfo por maior contagem de gols. Sentindo a ausência de Valdimar, onde Santana não apareceu bem, sem marcar e sem ajudar a Carlos Alberto e Joari, o Ferroviário perdeu o duelo no meio de campo, onde Faísca, João Bala e Marcos pareciam com destaques, dominando o setor e partindo então dos seus pés os lances que arredondaram nos dois gols e na maioria dos ataques. Com uma defesa aparecendo em grande destaque, onde Zezinho aparecia bem, com Ribeiro anulando Coelho e com um Romildo soberbo na lateral-esquerda, o Moto soube aguentar a peça de ataque do Ferrim, que não teve chances para marcar e, fracassando mais uma vez, sem anotar nenhum gol no atual Campeonato Nacional.
Mereceu o Moto o triunfo, pelo que produziu e, na segunda etapa, quando resolveu se soltar mais ao ataque, levou sério perigo ao arco de Marcial, que realizou excelentes intervenções, principalmente numa cabeçada de Cimas, quando enviou para escanteio. Com Ivanildo trabalhando bem na ponta-direita, demonstrando que e o dono da posição, com um Marcos soberbo e um Cimas recuando para lançar seus companheiros, o Moto foi diferente do Moto anterior, pois teve mais sorte do que na partida diante do Maranhão, sabendo aproveitar as duas oportunidades para acabar vencendo o espetáculo. O primeiro gol foi anotado aos cinco minutos, através de Cimas, recebendo um lançamento pelo alto de Marcos, com Alzimar saltando e tocando a bola com a mão, cometendo pênalti, não marcado pelo juiz, face a pelota ter sobrado para o comandante de ataque. Marcial saiu da meta e o atacante cearense teve a calma necessária para colocar a pelota no alto, deslocando o arqueiro. O gol de número dois surgiu aos quinze minutos, quando Ivanildo lançou Faísca e este fez estupendo lançamento para João Bala, que entrava pela meia-esquerda. Este invadiu a área e deslocou Marcial, atirando rasteiro no canto esquerdo do goleiro, aumentando o placar e dando cifras finais ao marcador. Depois disso, tentou o Ferroviário diminuir, mas sua linha de ataque não funcionava, com Santana fracassando e com o Moto mais tranquilo em campo.
No Moto, destaques para quase todo o time, que mostrou mais uma vez futebol de primeira categoria. Assis esteve tranquilo na meta, com o quarteto de zagueiros em plano igual, o meio-campo com um Faísca espetacular, um Toca que substituiu João Bala ganhando o duelo nas bolas divididas e na linha de ataque, com Marcos o grande nome do espetáculo, com lançamentos espetaculares, principalmente para Batistinha, que jogando contundido, não pôde aproveitar muito bem os passes que lhe foram endereçados. No Ferroviário, Marcial deu azar porque voltou e a equipe perdeu. Não foi culpado nos dois gols e, ao contrário, salvou situações de perigo. Na zaga, apenas Vivico esteve em plano superior. Ailton foi batido pro Batistinha, Alzimar estava horrível e Antônio Carlos muito apavorado. No meio, Carlos Alberto se perdeu porque Santana nada fez e Joari acabou cansando, mas foi um dos grandes jogadores da equipe. Na peça de ataque, se salvou apenas Mineiro pelo combate. Amaro, que entrou, perdeu boas chances, chutando fraco, parecendo que não é possuidor de chute forte.
Raimundo Sena esteve bem no apito, demonstrando muita categoria. Acertou em não marcar o pênalti de Alzimar no lance primeiro gol, porque a bola sobrou para Cimas. Os bandeirinhas estiveram bem"
Surpreendendo o adversário no início da partida, com ataques avassaladores, o Moto mereceu a vitória e se tivesse fustigado mais ainda poderia ter alcançado um triunfo por maior contagem de gols. Sentindo a ausência de Valdimar, onde Santana não apareceu bem, sem marcar e sem ajudar a Carlos Alberto e Joari, o Ferroviário perdeu o duelo no meio de campo, onde Faísca, João Bala e Marcos pareciam com destaques, dominando o setor e partindo então dos seus pés os lances que arredondaram nos dois gols e na maioria dos ataques. Com uma defesa aparecendo em grande destaque, onde Zezinho aparecia bem, com Ribeiro anulando Coelho e com um Romildo soberbo na lateral-esquerda, o Moto soube aguentar a peça de ataque do Ferrim, que não teve chances para marcar e, fracassando mais uma vez, sem anotar nenhum gol no atual Campeonato Nacional.
Mereceu o Moto o triunfo, pelo que produziu e, na segunda etapa, quando resolveu se soltar mais ao ataque, levou sério perigo ao arco de Marcial, que realizou excelentes intervenções, principalmente numa cabeçada de Cimas, quando enviou para escanteio. Com Ivanildo trabalhando bem na ponta-direita, demonstrando que e o dono da posição, com um Marcos soberbo e um Cimas recuando para lançar seus companheiros, o Moto foi diferente do Moto anterior, pois teve mais sorte do que na partida diante do Maranhão, sabendo aproveitar as duas oportunidades para acabar vencendo o espetáculo. O primeiro gol foi anotado aos cinco minutos, através de Cimas, recebendo um lançamento pelo alto de Marcos, com Alzimar saltando e tocando a bola com a mão, cometendo pênalti, não marcado pelo juiz, face a pelota ter sobrado para o comandante de ataque. Marcial saiu da meta e o atacante cearense teve a calma necessária para colocar a pelota no alto, deslocando o arqueiro. O gol de número dois surgiu aos quinze minutos, quando Ivanildo lançou Faísca e este fez estupendo lançamento para João Bala, que entrava pela meia-esquerda. Este invadiu a área e deslocou Marcial, atirando rasteiro no canto esquerdo do goleiro, aumentando o placar e dando cifras finais ao marcador. Depois disso, tentou o Ferroviário diminuir, mas sua linha de ataque não funcionava, com Santana fracassando e com o Moto mais tranquilo em campo.
No Moto, destaques para quase todo o time, que mostrou mais uma vez futebol de primeira categoria. Assis esteve tranquilo na meta, com o quarteto de zagueiros em plano igual, o meio-campo com um Faísca espetacular, um Toca que substituiu João Bala ganhando o duelo nas bolas divididas e na linha de ataque, com Marcos o grande nome do espetáculo, com lançamentos espetaculares, principalmente para Batistinha, que jogando contundido, não pôde aproveitar muito bem os passes que lhe foram endereçados. No Ferroviário, Marcial deu azar porque voltou e a equipe perdeu. Não foi culpado nos dois gols e, ao contrário, salvou situações de perigo. Na zaga, apenas Vivico esteve em plano superior. Ailton foi batido pro Batistinha, Alzimar estava horrível e Antônio Carlos muito apavorado. No meio, Carlos Alberto se perdeu porque Santana nada fez e Joari acabou cansando, mas foi um dos grandes jogadores da equipe. Na peça de ataque, se salvou apenas Mineiro pelo combate. Amaro, que entrou, perdeu boas chances, chutando fraco, parecendo que não é possuidor de chute forte.
Raimundo Sena esteve bem no apito, demonstrando muita categoria. Acertou em não marcar o pênalti de Alzimar no lance primeiro gol, porque a bola sobrou para Cimas. Os bandeirinhas estiveram bem"
DETALHES TÉCNICOS
Moto Club 2x0 Ferroviário
Data: 15 de Agosto de 1971
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 12.627,00
Público: não informado
Juiz: Raimundo Sena
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Vanlume e José Salgado
Gols: Cimas aos 4 minutos e João Bala aos 14 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Assis; Ribeiro, Zezinho, Clécio e Romildo; Faísca e João Bala (Toca); Ivanildo, Marcos, Sima e Batistinha. Técnico: Antônio Pereira
Ferroviário: Marcial; Ailton, Alzemar, Vivico e Antonio Carlos; Santana (Joari) e Carlos Alberto; Antonio (Amaro), Joari (Gimico), Mineirinho e Coelho. Técnico: Marçal Tolentino Serra
Moto Club 2x0 Ferroviário
Data: 15 de Agosto de 1971
Local: Estádio Nhozinho Santos
Renda: Cr$ 12.627,00
Público: não informado
Juiz: Raimundo Sena
Bandeirinhas: Wilson de Moraes Vanlume e José Salgado
Gols: Cimas aos 4 minutos e João Bala aos 14 minutos do primeiro tempo
Moto Club: Assis; Ribeiro, Zezinho, Clécio e Romildo; Faísca e João Bala (Toca); Ivanildo, Marcos, Sima e Batistinha. Técnico: Antônio Pereira
Ferroviário: Marcial; Ailton, Alzemar, Vivico e Antonio Carlos; Santana (Joari) e Carlos Alberto; Antonio (Amaro), Joari (Gimico), Mineirinho e Coelho. Técnico: Marçal Tolentino Serra
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