Goiano de Anápolis, 44 anos, Nelson Gama foi, antes de tudo, um vitorioso no futebol, mercê de sua inteligência e do seu trabalho. Profissional sério, várias vezes campeão maranhense, conquistando títulos em quase todos os times que dirigiu, sendo que no Sampaio Corrêa conquistou dois importantes campeonatos – 1980 e 1985 – e certamente pode-se dizer que conquistou também o de 1987.
Após o treino coletivo desta terça-feira, dia 25, onde preparou e escalou o time sampaíno para enfrenta o Maranhão Atlético Club, o treinador Nelson Gama passou mal e foi transportado pelo motorista de táxi Raimundo Wete Cortês para o Hospital Presidente Dutra, onde mesmo atendido pelo médico Carlos Magno, foi fulminado por um infarto no miocárdio, causa principal do edema pulmonar ajudo que lhe vitimou.
Na tarde do mesmo dia, durante o treinamento do Sampaio Corrêa, Nelson Gama teve um sério atrito com o lateral esquerdo Paulo Lifor, mas, certamente, não foi essa a causa do problema cardíaco. Na quinta-feira, dia 27, o time escalado por Nelson Gama, como que cumprindo uma promessa feita em homenagem à memória do ex-treinador, conquistou brilhantemente o titulo inédito de tetracampeão.
Treinador vitorioso – Nelson Gama foi, sem sombra de dúvidas, um dos mais competentes treinadores que já militaram no futebol maranhense. Conhecedor profundo das mumunhas do futebol, estrategista exímio e, sobretudo, um grande líder que sabia expor com clareza e simplicidade as suas ideias e objetivos para uma partida de futebol. Por onde andou, Nelson Gama conquistou títulos, mas, no futebol maranhense a sua primeira conquista foi dirigindo o Sampaio Corrêa, em 1980. Iniciando a carreira de treinador no futebol maranhense em 1979 (viera do futebol goiano, contratado pelo Tocantins de Imperatriz, dirigindo o mediano time do Tocantins da cidade de Imperatriz, Nelson Gama implantou com a sua simplicidade característica um sistema de jogo que levou o time imperatrizense aos melhores resultados dentro do campeonato maranhense, relevando nomes como Pirila, Jerônimo, Fernandinho, Zequinha, Tonhão e o ótimo Manoel Pedro. Segundo os próprios imperatrizense, jamais, em tempo algum, os times daquela cidade foram dirigidos por profissional tão competente e sério, tendo, no Tocantins, montando um time que só recebeu elogios pelos belíssimos resultados obtidos.
Mudando para a conquista – Pelo excelente trabalho apresentado na direção do time do Tocantins, o treinador Nelson Gama foi, finalmente, contratado para dirigir o time boliviano. A diretoria formada por Chafi Braide, Dejard Martins, José Agnelo e Domingos Leal, resolveu trazer para dirigir o Sampaio Corrêa um técnico que fazia sucesso no interior. Em 1980, após um trabalho excelente à frente do time boliviano. Nelson Gama conquistou o seu primeiro título no Maranhão. Já no ano seguinte, em virtude de problemas pessoais, ficou por um ano afastado do futebol. Mas o técnico exigente, responsável e compenetrado no trabalho como era Nelson Gama, como costumava fazer após todos os treinamentos, reuniu o time boliviano no meio do campo e exigiu que o time boliviano conquistasse o título na disputa do dia seguinte contra o Maranhão. Alguns jogadores chegaram a ficar assustados com a preleção de Nelson – segundos alguns, chegou às lágrimas, fugindo, portanto, da sua rotina de homem durão e exigente – e sentiram, após a sua morte, como se o eficiente trinador estivesse se despedindo. Após ficar parado em virtude de problemas pessoas, em 1982 Nelson Gama voltou ao Sampaio, mas em virtude de problemas estruturais e de mudanças feitas pela diretoria, não foi muito feliz e acabou sendo dispensado, após uma goleada histórica sofrida contra o Moto Club pelo marcador de 4x1.
Após o treino coletivo desta terça-feira, dia 25, onde preparou e escalou o time sampaíno para enfrenta o Maranhão Atlético Club, o treinador Nelson Gama passou mal e foi transportado pelo motorista de táxi Raimundo Wete Cortês para o Hospital Presidente Dutra, onde mesmo atendido pelo médico Carlos Magno, foi fulminado por um infarto no miocárdio, causa principal do edema pulmonar ajudo que lhe vitimou.
Na tarde do mesmo dia, durante o treinamento do Sampaio Corrêa, Nelson Gama teve um sério atrito com o lateral esquerdo Paulo Lifor, mas, certamente, não foi essa a causa do problema cardíaco. Na quinta-feira, dia 27, o time escalado por Nelson Gama, como que cumprindo uma promessa feita em homenagem à memória do ex-treinador, conquistou brilhantemente o titulo inédito de tetracampeão.
Treinador vitorioso – Nelson Gama foi, sem sombra de dúvidas, um dos mais competentes treinadores que já militaram no futebol maranhense. Conhecedor profundo das mumunhas do futebol, estrategista exímio e, sobretudo, um grande líder que sabia expor com clareza e simplicidade as suas ideias e objetivos para uma partida de futebol. Por onde andou, Nelson Gama conquistou títulos, mas, no futebol maranhense a sua primeira conquista foi dirigindo o Sampaio Corrêa, em 1980. Iniciando a carreira de treinador no futebol maranhense em 1979 (viera do futebol goiano, contratado pelo Tocantins de Imperatriz, dirigindo o mediano time do Tocantins da cidade de Imperatriz, Nelson Gama implantou com a sua simplicidade característica um sistema de jogo que levou o time imperatrizense aos melhores resultados dentro do campeonato maranhense, relevando nomes como Pirila, Jerônimo, Fernandinho, Zequinha, Tonhão e o ótimo Manoel Pedro. Segundo os próprios imperatrizense, jamais, em tempo algum, os times daquela cidade foram dirigidos por profissional tão competente e sério, tendo, no Tocantins, montando um time que só recebeu elogios pelos belíssimos resultados obtidos.
Mudando para a conquista – Pelo excelente trabalho apresentado na direção do time do Tocantins, o treinador Nelson Gama foi, finalmente, contratado para dirigir o time boliviano. A diretoria formada por Chafi Braide, Dejard Martins, José Agnelo e Domingos Leal, resolveu trazer para dirigir o Sampaio Corrêa um técnico que fazia sucesso no interior. Em 1980, após um trabalho excelente à frente do time boliviano. Nelson Gama conquistou o seu primeiro título no Maranhão. Já no ano seguinte, em virtude de problemas pessoais, ficou por um ano afastado do futebol. Mas o técnico exigente, responsável e compenetrado no trabalho como era Nelson Gama, como costumava fazer após todos os treinamentos, reuniu o time boliviano no meio do campo e exigiu que o time boliviano conquistasse o título na disputa do dia seguinte contra o Maranhão. Alguns jogadores chegaram a ficar assustados com a preleção de Nelson – segundos alguns, chegou às lágrimas, fugindo, portanto, da sua rotina de homem durão e exigente – e sentiram, após a sua morte, como se o eficiente trinador estivesse se despedindo. Após ficar parado em virtude de problemas pessoas, em 1982 Nelson Gama voltou ao Sampaio, mas em virtude de problemas estruturais e de mudanças feitas pela diretoria, não foi muito feliz e acabou sendo dispensado, após uma goleada histórica sofrida contra o Moto Club pelo marcador de 4x1.
Sampaio Corrêa bicampeão 1984/85. Nelson Gama é o penúltimo em pé
Voltando para o interior – Em 1983, atendendo aos insistentes convites dos dirigentes imperatrizense, voltou a dirigir o Tocantins e o Imperatriz, onde permaneceu até o ano de 1984. Mas seria no ano seguinte, isto é, em 1985, que Nelson Gama de Oliveira marcaria a sua passagem pelo futebol maranhense, firmando-se definitivamente na história do time mais popular do Maranhão. Depois de uma horrível campanha no início do campeonato e já com o campeonato praticamente perdido (o Moto Club já se considerava campeão, em virtude da larga margem de pontos conquistados e pela enorme diferença entre os dois times), o Sampaio Corrêa trouxe de volta o seu mais competente treinador e após uma reviravolta quase incompreensível, conseguiu um feito memorável, após uma disputa desgastante que só foi concluída após uma vitória boliviana pelo marcador de 7x6, na segunda série de penalidades, depois de dois empates de 0x0 no tempo normal e na prorrogação. O trabalho de Nelson Gama de Oliveira foi tão importante, competente e inquestionável que o levou o Moto Club a contratá-lo com um altíssimo salário para o futebol maranhense. Mas como em qualquer atividade profissional, todo empregado por mais competente que seja, necessita sempre de uma estrutura eu lhe possibilite produzir o melhor, Nelson Gama, vítima da desorganização motense, não se firmou no rubro-negro maranhense e após uma derrota para o próprio Sampaio Corrêa, foi dispensado, ainda em 1986. Essa dispensa acabou por comprovar a qualidade e capacidade técnica de Nelson Gama que, tendo uma oportunidade de dirigir um dos times chamados pequeno, mostrou o quanto era capaz, classificando o Vitória do Mar para o segundo turno após uma campanha brilhante, acabando o primeiro turno invicto. Frito da capacidade de um homem voluntarioso e trabalhador responsável. Nelson Gama calou a boca dos motenses e provou que, num ambiente sem estrutura e mal dirigido, ninguém conquista coisa alguma. Mas, ainda em 1978, Nelson Gama de Oliveira, muito conhecido com o Papagaio, em virtude de estar quase que constantemente falando e sem deixar que os outros falassem, trazendo para si todas as atenções, mais precisamente após o término do primeiro turno do campeonato maranhense, voltaria a treinar o Imperatriz que não andava muito bem das pernas. Mais uma vez foi grande o sucesso de Nelson Gama.
Retorno definitivo à Bolívia – Ainda no campeonato de 1987, como o Imperatriz estava muito bem e o Sampaio Corrêa, após algumas contratações não muito bem sucedidas e sem resolver os seus problemas com os quatro treinadores anteriores, resolveu fazer uma excelente proposta para trazer de volta o irrequieto treinador. E foi este o golpe de mestre da diretoria da diretoria sampaínas para conquistar o tetracampeonato. Só assim o Sampaio Corrêa conseguiu uma estabilidade emocional e adquiriu mais personalidade e um padrão de jogo definitivo e capaz de levá-lo à conquista do seu primeiro tetracampeonato. Ganhou o segundo turno, a primeira volta do quadrangular e ficou dependendo apenas de um empate para a conquista do título inédito que consagraria após uma vitória suada por 1x0 diante do Maranhão Atlético Clube.
Retorno definitivo à Bolívia – Ainda no campeonato de 1987, como o Imperatriz estava muito bem e o Sampaio Corrêa, após algumas contratações não muito bem sucedidas e sem resolver os seus problemas com os quatro treinadores anteriores, resolveu fazer uma excelente proposta para trazer de volta o irrequieto treinador. E foi este o golpe de mestre da diretoria da diretoria sampaínas para conquistar o tetracampeonato. Só assim o Sampaio Corrêa conseguiu uma estabilidade emocional e adquiriu mais personalidade e um padrão de jogo definitivo e capaz de levá-lo à conquista do seu primeiro tetracampeonato. Ganhou o segundo turno, a primeira volta do quadrangular e ficou dependendo apenas de um empate para a conquista do título inédito que consagraria após uma vitória suada por 1x0 diante do Maranhão Atlético Clube.
Charge em homenagem do jornal O Estado do Maranhão, um ano após a sua morte
Nelson Gama, treinador do Sampaio Corrêa
Os jogadores – Apesar de muito exigente, principalmente quando se referia aos cuidados que todos deveriam ter com a parte física, Nelson Gama sempre foi muito amigo dos jogadores, defendendo-os e ficando sempre ao lado deles em quaisquer circunstâncias. Pois, segundo esses mesmos jogadores, parecia que o treinador Nelson Gama sabia que ia morrer, pois na preleção após o treino apronto para o jogo contra o Maranhão, chegou Às lágrimas ao pedir o máximo de emprenho para a conquista do título. Inclusive Rosclin, capitão do time e um dos maiores amigos do treinador, disse que foi a primeira vez que vira um homem da estirpe de Nelson Gama, por puro envolvimento emocional, chegar às lágrimas. Até o meia Beato, naquela época marginalizado dentro do Sampaio e somente recuperado e valorizado quando Nelson assumiu o comando do time, frisou que “a contratação de Nelson tinha lhe dado uma grande motivação e alma nova porque, diante das exigências e sinceridade do treinador, passou a ver o futebol com outros olhos, empenhando-se cada vez mais”.
Nelson na época do Tetracampeonato Tricolor
Pedindo por jogador – O último pedido feito por Nelson Gama à diretoria sampaínas foi para que o contrato do zagueiro Ademilton fosse renovado em virtude de sua importância para qualquer time de futebol, principalmente pela sua longa experiência. Já o lateral Paulo Lifor, amigo pessoal do treinador, mas que, por forças da abertura de opinião e diálogo que Nelson Gama permitia ao grupo, sem com isso perder o controle dele, teve uma séria discussão com o treinador e isso fez com que ele se sentisse constrangido e preocupado, mantendo-se afastado do grupo. Somente com a intervenção da idreotira, Paulo Lifor conseguiu se recuperar da perda de tão importante amigo.
Dez dias de tensão – Exatamente onze dias antes de sua morte, Nelson Gama dirigiu os primeiros treinamentos do Sampaio, visando o jogo contra o Moto Club. Ali começaram os problemas de tensão do treinador, pois ficou ameaçado de perder o principal jogador (Raimundinho) e isso teria uma série influência no seu esquema de jogo. Para piorar a situação, o próprio jogador admitia que seria apenas por milagre que poderia jogar. Uma semana antes desse jogo, o Sampaio conseguira vencer o Moto por 1 a 0, mas nem isso significava favoritismo para Nelson Gama, que acreditava que só com muita luta e persistência se poderia consegui alguma coisa. Mas, numa das melhores partidas do campeonato de 1987, num jogo tenso e que perturbou mais ainda o treinador boliviano, o Sampaio empatou em 1 a 1 com o Moto, principalmente após uma significativa mexida sua. Paulo Sérgio, que entrara substituindo a César, marcou o gol do empate que manteve o alto ânimo da equipe sampaína. No dia 25, após o treinamento, Nelson reuniu os jogadores no meio de campo e pediu emocionadamente o maior empenho possível para que o time conquistasse o tetracampeonato. Horas depois, incompreensível e prematuramente, Nelson Gama faleceria num dos leitos do Hospital Presidente Dutra.
Dez dias de tensão – Exatamente onze dias antes de sua morte, Nelson Gama dirigiu os primeiros treinamentos do Sampaio, visando o jogo contra o Moto Club. Ali começaram os problemas de tensão do treinador, pois ficou ameaçado de perder o principal jogador (Raimundinho) e isso teria uma série influência no seu esquema de jogo. Para piorar a situação, o próprio jogador admitia que seria apenas por milagre que poderia jogar. Uma semana antes desse jogo, o Sampaio conseguira vencer o Moto por 1 a 0, mas nem isso significava favoritismo para Nelson Gama, que acreditava que só com muita luta e persistência se poderia consegui alguma coisa. Mas, numa das melhores partidas do campeonato de 1987, num jogo tenso e que perturbou mais ainda o treinador boliviano, o Sampaio empatou em 1 a 1 com o Moto, principalmente após uma significativa mexida sua. Paulo Sérgio, que entrara substituindo a César, marcou o gol do empate que manteve o alto ânimo da equipe sampaína. No dia 25, após o treinamento, Nelson reuniu os jogadores no meio de campo e pediu emocionadamente o maior empenho possível para que o time conquistasse o tetracampeonato. Horas depois, incompreensível e prematuramente, Nelson Gama faleceria num dos leitos do Hospital Presidente Dutra.
Matéria extraída do Jornal O Estado do Maranhão, de 22 de Agosto de 1988
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