sábado, 19 de janeiro de 2013

Radialista e Desportista Jafé Mendes Nunes


Jafé Mendes Nunes, este é o nome daquele que dedicou toda sua vida em prol do esporte maranhense, particularmente de São Luis, tornando-se destaque no Norte e Nordeste por sua valiosa contribuição, quer como profissional do apito no futebol de campo e futebol de salão, quer como promotor de eventos pertinentes, ou como radialista. Porém, acima de tudo, como um ferrenho defensor das nossas causas esportivas. E que, após toda uma vida de apego e devoção, hoje é completamente esquecido por aqueles e aquilo a quem sacrificou toda uma existência. 

Graças, sobretudo a sua abnegação, secundado por alguns outros dedicados, como Samuel Gobel – também esquecido – nosso futebol de salão (seu esporte predileto) alcançou níveis nacionais nunca mais alcançados. À época, éramos tidos, juntamente com o Ceará, como os melhores do país. Se o Ceará tinha craques salonistas como Fernando e Dedé, ambos do Francisco Lorda, o melhor time do país, nós tínhamos o inesquecível Djalma Campos, nomes que nada ficam a dever aos atuais ícones brasileiros. Como juiz, jafé foi um exemplo de correção e disciplina. Como promotor esportivo, foi responsável por vários torneios salonisticos nas quadras do Casino Maranhese, na Beira Mar e no Lítero, em sua sede do Anil, inclusive intercolegiais, donde surgiram jogadores inesquecíveis, como o já citado Djalma, Biné, Biné pula-pula, Canhotinho e um punhado de outros tantos de igual valor. Locutor, Jafé deixava-se trair pela emoção, tanto era seu apêgo as coisas do Maranhão, quando retransmitia jogos entre nossos clubes e de outros estados, sendo flagrante sua torcida, o que já era, inclusive, marca registrada. Por tudo isso, Jafé Mendes Nunes merecia ter, após o falecimento, as justas homenagens em retribuição. Que lhe emprestassem o nome para alguma dessas praças esportivas amadoristas da cidade, ou que pelo menos, promovessem torneios, como forma de evidenciá-lo aos olhos dos jovens estudantes e salonistas, classe a que, enquanto lhe permitiu a saúde, muito se dedicou. Assim fazendo, além de tudo, poderíamos estar diminuindo o pêso de uma omissiva e indesculpável ingratidão.

Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/2010/10/2/o-passado-impulsionando-o-presente-133592.htm

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