Após um pedido de e-mail, resolvi postar alguma coisa sobre o Torneio Intermunicipal, competição que reunia (ou reune, sinceramente não sei se ainda existe) seleções de diversos municipios, com os jogos decisivos em São Luis, em partidas no Municipal. Pelos relatos dos mais antigos, as delegações geralmente ficavam hospedadas na antigo CEFET (atual IFMA) e dessa competição foram revelados grandes craques que atuaram nos grandes clubes da capital. Deixo aqui algumas fotos e, abaixo, um texto sobre a Seleção de Barra do Corda, campeã do Intermunicipal de 1991:
Morros x Bacabal em São Luis (1957)
Pinheiro
Codó x Pinheiro (Intermunicipal)
Pinheiro na final do Intermunicipal em 1966
Morros x Bacabal em São Luis (1957)
Viana campeã do Intermunicipal de 1966
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Coube a Leandro Cláudio da Silva, tabelião de cartório local e fanático por futebol, inscrever a Seleção de Barra do Corda no Intermunicipal do Maranhão, nos anos 70, graças às suas importantes amizades, influência e prestígio que usufruía em São Luis, depois de haver colaborado em quase todas as equipes da capital.
O selecionado cordino sempre honrou suas cores a partir de seu ingresso, fazendo bonito em memoráveis campanhas no final da década de setenta, tendo como base o time do Grêmio e sua galeria de craques.
Nos anos 80, por diversas vezes a seleção se classificava para fases seguintes, chegando a liderar o certame por várias vezes, mas nunca conseguia a façanha maior, que era sagrar-se campeã Intermunicipal, sua meta principal.
Em 1991, com total apoio da prefeita Darcy Terceiro, Leandro Cláudio da Silva, Raimundo José da Silva, empresário Eurico Paulista e muitos outros, foi montado um esquadrão que impunha respeito aos adversários, formado por craques consagrados, que possuíam já um grande entrosamento conseguido em várias temporadas seguidas jogando juntos.
O jornal O Norte nº 01, de janeiro de 1992, em relação ao Campeonato Intermunicipal de 1991 noticiava o seguinte:
“A Seleção de Barra do Corda continua tendo um grande desempenho no Campeonato Intermunicipal. No dia 26 deste mês, na semifinal do Torneio, enfrentou o selecionado de Palmeiral. A partida, que levou a numerosa torcida cordina quase ao desespero, ficou decidida depois que o ponta direita Careca, o “Pelado”, botou a bola no fundo da rede com um gol de bicicleta. O jogo foi realizado no estádio municipal Nhozinho Santos, em São Luís.
Depois do gol de Careca, a orientação dada à equipe foi de se plantar na defesa e segurar o placar que, afinal, terminou 1 x 0, classificando o time para o jogo final com a aguerrida Itapecuru, a outra finalista. A partida também será realizada em São Luís, no sábado, dia 1 de fevereiro. As chances de trazer o título de campeão do Torneio Intermunicipal para Barra do Corda, de acordo com as previsões, são muito grandes.
Histórico - A Seleção Municipal de Barra do Corda venceu a primeira e segunda fases do Campeonato Intermunicipal. Na terceira fase conseguiu classificar-se, perdendo apenas para o esquadrão de Pindaré-Mirim que, segunda a crônica esportiva, teve a arbitragem tendenciosa, ao marcar um pênalty inexistente e anulando o gol de empate do selecionado cordino. A seleção passou pelas semifinais bem, tendo empatado a primeira partida com Paço do Lumiar e vencendo o Palmeiral. No jogo do dia 1º o pior resultado para a equipe cordina trará o vice-campeonato.
Os Atletas – O selecionado de Barra do Corda é integrado pelos atletas Adelman, Ramilson, Pretinho, Murilo, Eurico, Americano, Adagildo, Roberto, Bila, Barriga, Deier, Magno I, Carlos Antonio, Magno II, Caboclinho, Netão, Dejacir e Santos Jessé.”
Dia 01 de fevereiro, na disputa do primeiro jogo da grande final, o selecionado de Barra do Corda vence Itapecuru de forma brilhante pelo placar de 2 x 1 e parte para a grande final no dia 08 de fevereiro de 1992, com a vantagem do empate.
08 de fevereiro de 1992, sábado à tarde – Estádio Municipal Nhozinho Santos, em São Luís. Arbitragem de Kléber Lopes e bandeirinhas de Benedito Martins e Raimundo Benjamim Júnior. Tudo pronto para o grande jogo.
O Jornal O Norte nº 02, de fevereiro de 1992, registrou esse jogo histórico, estampando em sua primeira página a seguinte manchete:
“Barra do Corda consagrada campeã – A seleção de Barra do Corda conquistou, no último dia 08, o Campeonato Intermunicipal Maranhense, derrotando Itapecurú por 4 x 3, no Estádio Nhozinho Santos em São Luís. A vitória foi obtida nos pênaltys, depois de um atribulado primeiro e segundo tempos, e de uma prorrogação que quase leva a torcida cordina à loucura. O Itapecuru bem que tentou, mas ainda deixou o campo com o vice-campeonato.
Barra do Corda tinha a vitória nas mãos, pois jogava apenas pelo empate. Entretanto, se viu em maus lençóis quando Alberto, do Itapecuru, conseguiu botar a bola no fundo da rede cordina. A desforra veio na decisão por pênaltys, pois na prorrogação persistiu o empate. Murilo, Magno, Pretinho e Adagildo foram os carrascos do Itapecuru, que perdeu duas bolas nos pés de Paulo César e Neguinho. Naldo, Mário e Gilsom, porém, converteram para o selecionado Itapecuruense.
O time treinado pelo professor Cheiro chegou à decisão do campeonato após uma campanha memorável. É a primeira vez que Barra do Corda conquista uma taça estadual, disputando com outros municípios. O time contou com Adelman, maior destaque da partida, fazendo defesas sensacionais, segundo a crônica esportiva, Murilo, Casagrande, Adagildo, Arnóbio, Pretinho, Barrão, Gilvan ( Americano), Barriga, Magno, Carlos Antonio e Dejacir.
Apesar da violência durante o jogo, que teve Pichil, do Itapecuru, e Barriga, do time cordino, expulsos, o diretor da Liga Maranhense de Desportos, César Viana, achou o resultado “muito bom”. A taça foi entregue à prefeita Darcy Terceiro, que passou-a para as mãos do capitão Adagildo. A taça de vice-campeão foi entregue ao deputado Benedito Caroba.
Na Torcida – Durante o decorrer da partida a torcida cordina manteve o mesmo pique, apesar de não esconder um certo nervosismo quando o time do Itapecuru empatou o jogo, e a decisão acabou indo para os pênaltys.
No estádio Nhozinho Santos estavam presentes o deputado Benedito Terceiro; o secretário-geral da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos, o jornalista Nonato Cruz, o ex-prefeito Alcione Guimarães Silva e Cleantes Santos.
Também estimularam os torcedores de Barra do Corda o empresário Dilamar, Adail Barros, o engenheiro João Guará, o fazendeiro Eurico Paulista e Jaldo Santos.”
Entrega de Troféus – Em meio ás comemorações, o presidente do Trinunal de Justiça Desportiva da Federação, Luís Nazaré Bulcão, passou o troféu de vice-campeão, para o deputado Benedito Caroba para fazer a entrega para o capitão Ferreira, de itapecuru. O jogador agradeceu e pediu mais apoio para esta competição. Em seguida, o presidente da Federação Maranhense de Desportos, Alberto Ferreira, entregou o troféu de campeão, para a prefeita Darcy Terceiro, que festejou e passou para o capitão de sua seleção Adagildo.
Do estádio, a seleção campeã foi à São José de Ribamar, pagar a promessa feita, para levantar o título, oferecido ao senhor Leandro Silva, de 81 anos, considerado o maior desportista de Barra do Corda – Pai do radialista Danilo Silva.
por Ribamar Guimarães
O selecionado cordino sempre honrou suas cores a partir de seu ingresso, fazendo bonito em memoráveis campanhas no final da década de setenta, tendo como base o time do Grêmio e sua galeria de craques.
Nos anos 80, por diversas vezes a seleção se classificava para fases seguintes, chegando a liderar o certame por várias vezes, mas nunca conseguia a façanha maior, que era sagrar-se campeã Intermunicipal, sua meta principal.
Em 1991, com total apoio da prefeita Darcy Terceiro, Leandro Cláudio da Silva, Raimundo José da Silva, empresário Eurico Paulista e muitos outros, foi montado um esquadrão que impunha respeito aos adversários, formado por craques consagrados, que possuíam já um grande entrosamento conseguido em várias temporadas seguidas jogando juntos.
O jornal O Norte nº 01, de janeiro de 1992, em relação ao Campeonato Intermunicipal de 1991 noticiava o seguinte:
“A Seleção de Barra do Corda continua tendo um grande desempenho no Campeonato Intermunicipal. No dia 26 deste mês, na semifinal do Torneio, enfrentou o selecionado de Palmeiral. A partida, que levou a numerosa torcida cordina quase ao desespero, ficou decidida depois que o ponta direita Careca, o “Pelado”, botou a bola no fundo da rede com um gol de bicicleta. O jogo foi realizado no estádio municipal Nhozinho Santos, em São Luís.
Depois do gol de Careca, a orientação dada à equipe foi de se plantar na defesa e segurar o placar que, afinal, terminou 1 x 0, classificando o time para o jogo final com a aguerrida Itapecuru, a outra finalista. A partida também será realizada em São Luís, no sábado, dia 1 de fevereiro. As chances de trazer o título de campeão do Torneio Intermunicipal para Barra do Corda, de acordo com as previsões, são muito grandes.
Histórico - A Seleção Municipal de Barra do Corda venceu a primeira e segunda fases do Campeonato Intermunicipal. Na terceira fase conseguiu classificar-se, perdendo apenas para o esquadrão de Pindaré-Mirim que, segunda a crônica esportiva, teve a arbitragem tendenciosa, ao marcar um pênalty inexistente e anulando o gol de empate do selecionado cordino. A seleção passou pelas semifinais bem, tendo empatado a primeira partida com Paço do Lumiar e vencendo o Palmeiral. No jogo do dia 1º o pior resultado para a equipe cordina trará o vice-campeonato.
Os Atletas – O selecionado de Barra do Corda é integrado pelos atletas Adelman, Ramilson, Pretinho, Murilo, Eurico, Americano, Adagildo, Roberto, Bila, Barriga, Deier, Magno I, Carlos Antonio, Magno II, Caboclinho, Netão, Dejacir e Santos Jessé.”
Dia 01 de fevereiro, na disputa do primeiro jogo da grande final, o selecionado de Barra do Corda vence Itapecuru de forma brilhante pelo placar de 2 x 1 e parte para a grande final no dia 08 de fevereiro de 1992, com a vantagem do empate.
08 de fevereiro de 1992, sábado à tarde – Estádio Municipal Nhozinho Santos, em São Luís. Arbitragem de Kléber Lopes e bandeirinhas de Benedito Martins e Raimundo Benjamim Júnior. Tudo pronto para o grande jogo.
O Jornal O Norte nº 02, de fevereiro de 1992, registrou esse jogo histórico, estampando em sua primeira página a seguinte manchete:
“Barra do Corda consagrada campeã – A seleção de Barra do Corda conquistou, no último dia 08, o Campeonato Intermunicipal Maranhense, derrotando Itapecurú por 4 x 3, no Estádio Nhozinho Santos em São Luís. A vitória foi obtida nos pênaltys, depois de um atribulado primeiro e segundo tempos, e de uma prorrogação que quase leva a torcida cordina à loucura. O Itapecuru bem que tentou, mas ainda deixou o campo com o vice-campeonato.
Barra do Corda tinha a vitória nas mãos, pois jogava apenas pelo empate. Entretanto, se viu em maus lençóis quando Alberto, do Itapecuru, conseguiu botar a bola no fundo da rede cordina. A desforra veio na decisão por pênaltys, pois na prorrogação persistiu o empate. Murilo, Magno, Pretinho e Adagildo foram os carrascos do Itapecuru, que perdeu duas bolas nos pés de Paulo César e Neguinho. Naldo, Mário e Gilsom, porém, converteram para o selecionado Itapecuruense.
O time treinado pelo professor Cheiro chegou à decisão do campeonato após uma campanha memorável. É a primeira vez que Barra do Corda conquista uma taça estadual, disputando com outros municípios. O time contou com Adelman, maior destaque da partida, fazendo defesas sensacionais, segundo a crônica esportiva, Murilo, Casagrande, Adagildo, Arnóbio, Pretinho, Barrão, Gilvan ( Americano), Barriga, Magno, Carlos Antonio e Dejacir.
Apesar da violência durante o jogo, que teve Pichil, do Itapecuru, e Barriga, do time cordino, expulsos, o diretor da Liga Maranhense de Desportos, César Viana, achou o resultado “muito bom”. A taça foi entregue à prefeita Darcy Terceiro, que passou-a para as mãos do capitão Adagildo. A taça de vice-campeão foi entregue ao deputado Benedito Caroba.
Na Torcida – Durante o decorrer da partida a torcida cordina manteve o mesmo pique, apesar de não esconder um certo nervosismo quando o time do Itapecuru empatou o jogo, e a decisão acabou indo para os pênaltys.
No estádio Nhozinho Santos estavam presentes o deputado Benedito Terceiro; o secretário-geral da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos, o jornalista Nonato Cruz, o ex-prefeito Alcione Guimarães Silva e Cleantes Santos.
Também estimularam os torcedores de Barra do Corda o empresário Dilamar, Adail Barros, o engenheiro João Guará, o fazendeiro Eurico Paulista e Jaldo Santos.”
Entrega de Troféus – Em meio ás comemorações, o presidente do Trinunal de Justiça Desportiva da Federação, Luís Nazaré Bulcão, passou o troféu de vice-campeão, para o deputado Benedito Caroba para fazer a entrega para o capitão Ferreira, de itapecuru. O jogador agradeceu e pediu mais apoio para esta competição. Em seguida, o presidente da Federação Maranhense de Desportos, Alberto Ferreira, entregou o troféu de campeão, para a prefeita Darcy Terceiro, que festejou e passou para o capitão de sua seleção Adagildo.
Do estádio, a seleção campeã foi à São José de Ribamar, pagar a promessa feita, para levantar o título, oferecido ao senhor Leandro Silva, de 81 anos, considerado o maior desportista de Barra do Corda – Pai do radialista Danilo Silva.
por Ribamar Guimarães
Publique a foto da seleção de Pindaré campeã do intermunicipal de 1970.
ResponderExcluirTava querendo também... Seria massa encontrar
ExcluirVc é de Pindaré?
ExcluirEnvia uma foto pra mim do time o nasa de Penalva maranhao que participou do campeonato maranhense
ResponderExcluirSe possível, manda para mim uma foto da seleção de Pindaré mirim, campeã do Intermunicipal do Maranhão em 1970
ResponderExcluirALGUEM TEM ALGUM REGISTRO DA SELEÇÃO VIANENSE ANOS 60 E 70 QUE TENHA FOTOS DA ÉPOCA
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