Matéria de Edivaldo pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão.
Quando você fala em Ernani Luz dos Santos, só os amigos mais chegados e a família sabem de quem se trata. Nós fomos acostumados a ouvir falar das mãos milagrosas de um massagista que fez história no esporte maranhense e que teve no tio o espelho maior. Como atleta, foi limitado. Como profissional da massagem, foi incansável e continua sendo respeitado pelo trabalho com o futebol, sua grande paixão. Vamos conhecer um pouco da trajetória do segundo massagista da família Luz: o Ernani do Ferroviário, Maranhão e Sampaio.
Ernani começou a ter intimidade com a bola no campo do Zé Caveira, nas peladas da Rua da Barraquinha, Centro de São Luis. Sonhava em ser goleiro já que não tinha muita habilidade com os pés. Aos 15 anos de idade jogava no Bangu, time do bairro. Como sabia as suas limitações técnicas, desde cedo resolveu colaborar com o grupo e, além e jogar, ajudava na parte técnica e, por influência do tio famoso Nêgo Luz, que era massagista titular absoluto do Moto Club, dava os primeiros passos na profissão que acabou o consagrando. “Eu queria mesmo era estar entre os amigos num campo de futebol. Mesmo no amador, eu achava o máximo estar no meio”, justifica.
Ernani Luz foi ficando rapaz e acabou entrando para o Quartel (24º BC) e foi parar no Santos, time da Segunda Divisão que era dirigido por Jafé Mendes Nunes. Era o Coringa. Jogava onde o escalavam, não porque era craque, mas porque tinha o espírito de colaborador. Isso foi por volta de 1955. “Eu jogava no Santos ao lado de Mauro Fecury, do irmão dele Miguel Fecury, José Reinaldo Tavares, Raimundinho, Lotério, Pedrinho, Negão Tupizupi e outros. Era um bom time”.
Quando você fala em Ernani Luz dos Santos, só os amigos mais chegados e a família sabem de quem se trata. Nós fomos acostumados a ouvir falar das mãos milagrosas de um massagista que fez história no esporte maranhense e que teve no tio o espelho maior. Como atleta, foi limitado. Como profissional da massagem, foi incansável e continua sendo respeitado pelo trabalho com o futebol, sua grande paixão. Vamos conhecer um pouco da trajetória do segundo massagista da família Luz: o Ernani do Ferroviário, Maranhão e Sampaio.
Ernani começou a ter intimidade com a bola no campo do Zé Caveira, nas peladas da Rua da Barraquinha, Centro de São Luis. Sonhava em ser goleiro já que não tinha muita habilidade com os pés. Aos 15 anos de idade jogava no Bangu, time do bairro. Como sabia as suas limitações técnicas, desde cedo resolveu colaborar com o grupo e, além e jogar, ajudava na parte técnica e, por influência do tio famoso Nêgo Luz, que era massagista titular absoluto do Moto Club, dava os primeiros passos na profissão que acabou o consagrando. “Eu queria mesmo era estar entre os amigos num campo de futebol. Mesmo no amador, eu achava o máximo estar no meio”, justifica.
Ernani Luz foi ficando rapaz e acabou entrando para o Quartel (24º BC) e foi parar no Santos, time da Segunda Divisão que era dirigido por Jafé Mendes Nunes. Era o Coringa. Jogava onde o escalavam, não porque era craque, mas porque tinha o espírito de colaborador. Isso foi por volta de 1955. “Eu jogava no Santos ao lado de Mauro Fecury, do irmão dele Miguel Fecury, José Reinaldo Tavares, Raimundinho, Lotério, Pedrinho, Negão Tupizupi e outros. Era um bom time”.
Equipe do Sampaio Corrêa campeã em 1961. Em pé: Ernani Luz, Omena,
Chico, Antoninho, Cláudio Ferreira (diretor), Roberto, Vadinho,
Professor Rinaldi Maia (técnico) e Antônio Bento Catanhede Farias
(diretor); agachados: Zé Raimundo, Batuel, Peu, Walfredo, Carioca,
Jarbas, Nivaldo, Sabará, João Bala e Pernambuco (auxiliar de massagista)
Ferroviário Esporte Clube de 1969: em pé - Martins, Alberto, Ivan, Vivico, Valdiná, Luis Carlos e Ernani Luz; agachados: Alzimar, Carlos Alberto, Sarará, Esquerdinha e Coelho
Sampaio Corrêa Tetracampeão Maranhense em 1984/85/86/87. Em pé: Geraldo Cutrim (dirigente), Milon Miranda (médico), Luis Sérgio, China, Joãozinho, Zé Carlos, César, Deco Soares (dirigente), Pedro Vasconcelos (dirigente) e Guilherme (enfermeiro); agachados: Ernani Luz (massagista), Luis Carlos, Ivanildo, Dias Pereira, Paulo, Vitor, Orlando, Rosclin, Ademilton, Marco Antônio, Luis Carlos (massagista) e Joel (massagista)
Sampaio Corrêa Campeão Maranhense em 1984
A oportunidade como atleta foi rareando. Em 1958, já com 22 anos de idade, Ernani Luz resolveu aceitar um convite feito pelo Zuza (ex-Ferrim, Moto e MAC), para substituir o Vernêm, massagista oficial do Ferroviário Esporte Clube, que estava adoentado e não poderia acompanhar o time no Campeonato Estadual. “O Zuza me apresentou ao técnico do Ferroviário, professor Zequinha Gonçalves. Substituí o Vernê e tomei gosto pela massagem”. No ano seguinte, 1959, Zequinha Gonçalves se transferiu para o Maranhão Atlético Clube e levou o Luz consigo. “O Zequinha foi muito importante na minha vida profissional. Ele era professor de Educação Física formado pela Escola Nacional. Me incentivou muito e me ensinou muito em como dar massagens, Tomei gosto e fui procurar meu tio, que trabalhava no Moto. Ele me perguntou se eu tinha certeza que queria mesmo seguir a carreira de massagista. Como a reposta foi afirmativa, me deu o livro “Aprenda a fazer massagem”. A partir dai, não parei de aprender”. Dessa época do MAC, Luz lembra bem de alguns jogadores: Haroldo, Zuza, Lunga, Barrão, Cabeça, Ribeiro Garfo de Pau, Pretinha, Moacir Bueno, Edson Moraes Rêgo, Jaime, Joca.
Em 1960 aconteceu um fato que marcou muito a vida de Luz. “O MAC foi jogar um amistoso no interior do Estado (Alto Alegre), o técnico Zequinha Gonçalves era muito exigente e acabou penalizando uns atletas que nem me lembro porque. Só tinham para entrar em campo. Ele me chamou e disse que o time dele não iria incompleto e que eu ia jogar na ponta direita. Ganhamos o jogo por 2x1, mas eu fui uma negação porque eu avia comido muito antes de ser surpreendido com a escalação. Nesse dia o MAC jogou com um ataque assim formado: Luz, Laxinha, Jaime e Joca. É mole? Foi o último jogo de Luz como atleta. No ano seguinte, 1961, Luz aceitou o convite do diretor de futebol do Sampaio Corrêa, Antônio Bento Catanhede Farias, e se transferiu para o Mais Querido. “Era meu time do coração. A maioria do pessoal da minha casa era motense por causa do meu tio Nêgo Luz. Eu não! Eu tinha o coração tricolor”. A primeira fase de trabalho no Sampaio foi de 1961 a 1969, onde levantou quatro títulos, dois bi – em 1961/62 e 1964/65. Quando perguntado qual o melhor time do Sampaio que viu jogar nessa época, Ernani Luz foi enfático. “O de 1964 que era formado por Manga no gol, Omena, Walfredo Carioca, Maneco e Ivaldo; Vadinho, Antoninho e Maiobinha; Jarbas, Chico e Peu. Era um timaço”. No meio de 1969, Luz deixou o Sampaio Corrêa e foi para o Ferroviário Esporte Clube de Marcial, Ferreira, Alzimar, Vivico e Carrinho; Isaias, Evandro e Carlos Alberto; Seneguinha, Odilon e Mário. “Foram três anos de sucesso pleno. O Ferrim estava a mil, fomos campeões em 1971”.
Em 1960 aconteceu um fato que marcou muito a vida de Luz. “O MAC foi jogar um amistoso no interior do Estado (Alto Alegre), o técnico Zequinha Gonçalves era muito exigente e acabou penalizando uns atletas que nem me lembro porque. Só tinham para entrar em campo. Ele me chamou e disse que o time dele não iria incompleto e que eu ia jogar na ponta direita. Ganhamos o jogo por 2x1, mas eu fui uma negação porque eu avia comido muito antes de ser surpreendido com a escalação. Nesse dia o MAC jogou com um ataque assim formado: Luz, Laxinha, Jaime e Joca. É mole? Foi o último jogo de Luz como atleta. No ano seguinte, 1961, Luz aceitou o convite do diretor de futebol do Sampaio Corrêa, Antônio Bento Catanhede Farias, e se transferiu para o Mais Querido. “Era meu time do coração. A maioria do pessoal da minha casa era motense por causa do meu tio Nêgo Luz. Eu não! Eu tinha o coração tricolor”. A primeira fase de trabalho no Sampaio foi de 1961 a 1969, onde levantou quatro títulos, dois bi – em 1961/62 e 1964/65. Quando perguntado qual o melhor time do Sampaio que viu jogar nessa época, Ernani Luz foi enfático. “O de 1964 que era formado por Manga no gol, Omena, Walfredo Carioca, Maneco e Ivaldo; Vadinho, Antoninho e Maiobinha; Jarbas, Chico e Peu. Era um timaço”. No meio de 1969, Luz deixou o Sampaio Corrêa e foi para o Ferroviário Esporte Clube de Marcial, Ferreira, Alzimar, Vivico e Carrinho; Isaias, Evandro e Carlos Alberto; Seneguinha, Odilon e Mário. “Foram três anos de sucesso pleno. O Ferrim estava a mil, fomos campeões em 1971”.
Sampaio Corrêa Campeão Estadual em 1964: em pé - Vadinho, Omena, Walfredo Carioca, Maneco e Bero; agachados: Ernani Luz (massagista), Antoninho, Maioba, Jarbas, Sabará e Chico
Ernani Luz, primeiro agachado, no Sampaio Corrêa em 1968
Sampaio Corrêa em 1985
Sampaio Corrêa em 1964
Em 1972, logo que acabou o Campeonato Estadual, onde o Sampaio foi o campeão, Luz se transferiu para o Tiradentes do Piauí, levado pelo Almir “Barca Furada”. Lá foi campeão. Depois retornou a São Luis e ao Ferroviário, atendendo solicitação do Dr. Franco – Presidente do Ferrim. Em 1973 foi novamente campeão pelo time da Estrada de Fero. Por lá permaneceu até 1980. “Trabalhar no Ferroviário foi uma experiência única. Aprendi muito e obtive a consagração total como profissional”. Em 1981, Luz estava de novo no MAC, onde ficou até 1983. Em 1984, Walquírio Barbosa (Paraíba), Djalma Marques e Pedro Vasconcelos convenceram-no a voltar para o Sampaio Corrêa, onde ficou até 92, quando se aposentou. No Tricolor, ganhou mais sete títulos: tetracampeão de 1984 a 88 e tricampeão de 1990 a 92. “O Sampaio é uma grande força do futebol maranhense, é um time vencedor”. Um ano antes de se aposentar, Ernani Luz começou a sentir vários problemas de saúde. Artrose reumática, Diabetes e Debilidade no coração. “Sinto problemas até hoje, só que, graças a Deus, consigo controlar tudo com medicamentos especiais e muita força de vontade”.
Ernani Luz deixa claro que lamenta não ter ganho titulo pelo MAC. Por ironia, apesar da vontade da sua família, nunca trabalhou no Moto Club. Durante sua longa vida no futebol profissional Luz destaca alguns craques que viu. Dentre os maranhenses, relembra bem do Carlos Alberto (Ferroviário), Santana (Moto), Djalma Campos (Sampaio), Gojoba (Moto), Vareta (Vitória do Mar), Garcia, conhecido como Kikiki (Sampaio), Barrão, do meio pra frente (MAC), Neguinho, Ribeiro e Vivico (Ferroviário), na marcação. De fora ele destaca Jarbas, meio de campo (Sampaio), Miguel, lateral-direito (Ferrim), Croinha, atacante (MAC) e Hamilton, atacante (Ferrim/MAC/Moto). Ao longo de uma carreira vitoriosa, Luz emprestou seus serviços a equipes e seleções estaduais de atletismo, basquete, handebol, futebol de salão, futebol amador e voleibol.
Ernani Luz deixa claro que lamenta não ter ganho titulo pelo MAC. Por ironia, apesar da vontade da sua família, nunca trabalhou no Moto Club. Durante sua longa vida no futebol profissional Luz destaca alguns craques que viu. Dentre os maranhenses, relembra bem do Carlos Alberto (Ferroviário), Santana (Moto), Djalma Campos (Sampaio), Gojoba (Moto), Vareta (Vitória do Mar), Garcia, conhecido como Kikiki (Sampaio), Barrão, do meio pra frente (MAC), Neguinho, Ribeiro e Vivico (Ferroviário), na marcação. De fora ele destaca Jarbas, meio de campo (Sampaio), Miguel, lateral-direito (Ferrim), Croinha, atacante (MAC) e Hamilton, atacante (Ferrim/MAC/Moto). Ao longo de uma carreira vitoriosa, Luz emprestou seus serviços a equipes e seleções estaduais de atletismo, basquete, handebol, futebol de salão, futebol amador e voleibol.
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