Crédito do texto: Hilton Franco
Talvez nem mesmo o mais apasionado dos motenses lembre,mas há exatos 13 anos o Moto Clube de São caiu para a 3ª divisão do Campeonato Brasileiro. No dia 21/09/1997 o Moto Clube disputava seu último jogo contra o Remo,no estádio Baenão, em Belém-PA. Um simples empate garantia o Moto na série B. Lembro-me de cada detalhe ,pois fui a Belém ,juntamente com outros torcedores motenses em ônibus cedido pelo então presidente do Moto,na época José Raimundo Rodrigues. Saimos de São Luís-MA,no dia 20/09/1997 as 21h e após 16h de uma longa e cansativa viagem chegamos a capital paraense. Fomos direto para a rodoviária tomar banho e em seguida ao estádio Baenão. O medo, a ansiedade e o nervosismo tomava conta de cada torcedor motense. O pequeno estádio do Baenão,palco da partida,parecia um caldeirão com a fanática torcida azulina empurrando o time durante os 90 min. Partindo para cima do Moto,desde o início do jogo e com total apoio da torcida remista,o Clube do Remo não consegue marcar o tão sonhado gol que lhe garantia a permanência na Série B do brasileiro.Ao final dos primeiros 45 min,e com bola na trave do Moto, o jogo termina 0 a 0. Inicia-se o segundo tempo e logo é expulso o jogador Touro ,do lado motense.A via crusis do Moto e de sua apaixonada torcida tem inicio. Inferiozirado numericamente em campo, o jogo foi agonizante para o torcedor maranhense,pois o Remo,com a ajuda de tudo e todos, conseguiu marcar o primeiro gol aos 15 min do segundo tempo,com o meia Gilberto Pereira,após a cobrança de escanteio feita por Claúdio. O martírio rubro-negro aumenta os 31 min,numa falha da defesa motense, o Remo amplia o placar para 2 a 0 ,com gol de Rogério. Agnado, xerife da defesa motense,porém com sangue e coração azulino e velho conhecido da torcida remista ( ex-zagueiro do Remo) é expulso,tira a camisa e sai vibrando(o coração do seu Boneco,como era chamado,é verdadeiramente azulino). Aos 39 min, Tarciso aproveita nova falha da defesa motorizada e marca 3 a 0 para desespero da torcida motense. O choro e a tristeza marcam a volta dos torcedores que percorreram 1.600Km (ida-volta),entre São Luís-Belém. Ao chegar em São Luís, eu fui a casa de minha vizinha Naudirene,pois encontrei nossa casa fechada.Triste e com um presentimento de má noticia que já me consumia desde a tarde do dia 20/09/1997,quando escrevi uma carta relatando a viagem que faria a Belém. Viajei sem ninguém saber,na companhia de um amigo motense de nome José Airton.Todos me procuravam e não sabiam notícia a meu respeito.Já em Belém, liguei para avisar,porem não consegui falar com ninguém da minha família. Na segunda-feira, dia 22/09/1997, eu tinha aula no colégio O Bom Pastor. Faltei! Motivo: A péssima notícia do suicídio do meu avô Antonio Mariano – o meu Pai Tonho. Tudo que havia escrito na carta,relatando o meu medo da morte,aconteceu.Não comigo,mas com meu querido avô que se enforcou. Talvez, se tivesse avisado a minha mãe sobre o meu presentimento ruim,nada teria acontecido ao meu avô.Não avisei porque ela saberia da viagem a Belém e mesmo distante de mim 504Km,certamente não autorizaria eu viajar. O fatídico 21/09/1997 nunca mais saiu da minha memória.A única notícia boa era saber que a primavera chegaria no dia seguinte.
FICHA - Remo 3 x 0 Moto
Local: Evandro Almeida(Baenão),em Belém-PA.
Renda: R$ 49.121,00
Público: 9.586 pagantes
Moto: Ruy, Flávio, Edinho, Paulão e Admilson (Solon), Hélio (Vagner), Agnaldo, Luis Carlos Capixaba (Rejane), Mael e Serrinha. Técnico: Arnaldo Lira
Clube do Remo: Altermir (Renato), Belterra, Ney, Ronaldo Paraiba, Gilberto, Sandro, Rogério, Tarciso, Andradina, (Luís Carlos Apeú) e Everaldo (Edmilson). Técnico: Valdemar Carabina.
O maior do norte, sempre respeitado, apesar das dificuldades atuais, o meu LEÃO sempre sera o maior.
ResponderExcluirKkkk
ExcluirPaysandu, o Verdadeiro Maior do Norte, mandou abraços ..Leoa Pirenta
Kkkk