Belo registro, do acervo pessoal do ex-jogador Nélio, de uma foto com os jogadores João Luis (à esquerda) e Hiltinho (à direita). Nélio (ao centro) e os atletas estão no Estádio Castelão, em foto datada da década de 80.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
O fino Sérgio Marreca
Matéria de Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão, de 22 de Junho de 1998
Na equipe do Moto em 1974. Em pé: Marçal Tolentino Serra, Edson, Esteves, Neguinho, França, Sérgio, Antônio Carlos, Barros (supervisor) e Júlio Buhatem (Diretor de Futebol); Agachados: Lima, Paraíba, Soares e Coelho
É impossível falar na história do futebol maranhense na década de 70 sem citar um quarto-zagueiro que veio do futebol cearense e que acabou conquistando títulos no Moto Club e Sampaio Corrêa, os dois principais times do futebol profissional local. Sérgio (Caveira ou Marreca, como queiram) sempre foi e continua sendo “fino” (nos dois sentidos) dentro e fora de campo. Fino, pelo “corpo atlético”, que ainda mantém. O segundo fino, que norteou a sua carreira e sua vida, ficou caracterizado na educação, na calma e na tranquilidade que sempre demonstrou. Um cavalheiro que marcou.
Sérgio não é maranhense, mas é como se fosse, pelo muito que fez defendendo nossas equipes. Ele nasceu em Fortaleza/CE, no dia 09 de Maio de 1943. O pai, seu João, foi jogador profissional e fez nome no futebol da Paraíba e Pernambuco. Um exemplo seguido pelo filho.
A infância de Sérgio foi como a de todos os garotos que gostam das peladas batidas no campinho próximo de onde residem. No Bairro Brasil Oiticica, em Fortaleza, ele brincou e até herdou o primeiro apelido: Caveira. Não para menos. Muito magro (cerca de 60 quilos) e alto (1m78), estava aquém dos padrões.
Com 15 anos ele passou das brincadeiras para o segundo quadro de Humaitá, que era do próprio bairro e não disputava campeonato oficial. Um olheiro o viu jogar e se encantou com suas principais características: o toque de bola fácil, a boa colocação na zaga, a capacidade de se antecipar e sair tocando da defesa para o ataque. Tudo isso com extrema habilidade e tranquilidade.
Apenas um ano foi necessário para Sérgio ser levado ao Tiradentes, time profissional, que disputava a segundona do Campeonato Cearense. O Tiradentes, que chegou a ser campeão em 1959, subiu para a Primeira Divisão.
Cheio de esperanças, Sérgio partiu para Teresina, onde foi jogar no Flamengo. Teve uma grande desilusão. O clube piauiense atravessava uma crise técnica e financeira e ele ficou sem receber salários por dois meses. Resolveu voltar para o Ceará. Já com 24 anos de idade passou pelo Ceará Sporting. Como não deu certo, resolveu seguir em frente e foi parar no Calouros do Ar, ainda na capital cearense, onde ficou uma temporada inteira.
Nada estava dando certo na vida atlética de Sérgio. Ele e o amigo louro (ponta-esquerda) se mantinham em forma treinando no Tiradentes. Tudo começou a mudar quando o Dr. Plínio Marques, Diretor do INCRA no Maranhão e Diretor do Moto Club, apareceu em Fortaleza à procura de Louro e de mais alguns jogadores que pudessem reforçar o rubro-negro para as disputas de uma melhor de três jogos que iria indicar o primeiro representante em um Campeonato Brasileiro. Dr. Plínio conversou e acertou com Louro, que acabou indicando o amigo Sérgio Caveira para o Papão. Os dois vieram para São Luís.
Louro e Sérgio Caveira chegaram a São Luís no dia 21 de Setembro de 1971. Uma data que o zagueiro não esquece. Por problemas com a esposa, Louro se desgostou e retornou a Fortaleza. As coisas no futebol nos anos 70 eram duríssimas em São Luís. Sérgio cota que quando eles iam para o Nhozinho Santos e viam que a casa estava cheia, tinham certeza que no dia seguinte pintaria uma grana. “Quando só tinha quatro ou cinco gatos pingados no estádio, a gente já entrava em campo desanimado porque sabia que não ia pintar nada”, conta ele.
Porque Marreca? – Sérgio quando entrevistado e perguntado de onde vem o apelido Marreca, disse que até hoje os amigos mais próximos e torcedores que o viram jogar, frequentemente fazem a mesma pergunta e a resposta é sempre a mesma: não sei. Ele não lembra quando e nem de quem partiu este apelido. “Acho que foi porque eu era magro e meio curvado e parecia uma marreca. O que me lembro é que de repente deixei de ser caveira e passei a ser marreca”, brinca.
Um dos piores momentos que passou no Moto foi quando em 1972, depois de uma série de empates contra o Sampaio Corrêa para ver quem iria disputar o Campeonato Brasileiro de 1973, antes das cobranças de penalidades máximas, no meio do campo o Presidente do Moto, Nagib Heickel, em tom forte, disse que em caso e derrota, todos os atletas motenses estariam dispensados. “Eu e meus companheiros estávamos sentados e relaxados perto do banco de reservas do Nhozinho. Depois que o homem disse isso minhas pernas balançaram. Eu não conseguia nem levantar. E o que é pior, fui escalado para bater um pênalti. Não deu outra, perdi a cobrança. Ainda bem que no final deu o nosso time e garantimos o emprego por mais uma temporada”.
Sérgio lembra que o Presidente Nagib Heickel era assim em caso de derrota, mal humor e ameaças de dispensas. Em caso de vitórias, churrasco na casa dele no dia seguinte e só festa, principalmente quando a vítima era o Sampaio. O time motense, que conquistou a vaga para o Campeonato Brasileiro de 1973, formou, segundo Marreca, com Edson no gol, Estevez, Neguinho, ele e Antônio Carlos; França, Santana e Soares; Lima, Paraíba e Coelho.
O convívio com o Moto durou três anos e meio. “Minha maior experiência como atleta foi participar do Campeonato Brasileiro de 1973. Conheci vários Estados brasileiros e joguei contra craques como Rivelino, Carbone, Serginho Chulapa, Murici e tantos outros”. Os mesmo tempo que Sérgio se emociona ao falar do Moto no Brasileirão 73, se decepciona ao recordar momentos em que deixou o Papão. “É uma passagem que gostaria de ter apagado da minha ente, mas não consigo. Depois do Brasileiro fui chamado pelo Dutra, que me disse que eu estava fora dos planos do clube para o ano seguinte. O mundo veio abaixo para mim. Tinha família e pensava em como iria sobreviver sem emprego. Foi triste demais”.
Em 1974 Marreca estava no Sampaio. Viu um montão de gente ser contratado para as disputas do Brasileiro e ficou no time “expressinho”, que ia ao interior do Estado fazer campanha política para o amigo Djalma Campos. Em 1975 e 1976 foi bi pelo Sampaio. Relembra com carinho de jogadores como Paulo Espanha (morto em acidente de ônibus quando o Sampaio fazia amistosos no interior do Estado), Paraíba (o amigo de sempre), e principalmente o zagueiro Paulinho, um gaúcho que foi contratado e que se deu bem com Sérgio na zaga do Tricolor. “Me dei bem jogando com dois zagueiros: Marins do Moto e Paulinho do Sampaio. Nosso entrosamento era por música”.
A grande característica de Sérgio era a habilidade. Conseguia impor respeito atrás, não porque jogava duro, mas porque sabia sair jogando com classe e estilo. Não tinha medo de atacantes. Respeitava um, que apesar de bem marcado, insistia em fazer gols em todos os jogos que disputava com Marreca, “Não tinha jeito. Nós podíamos até ganhar a partida, mas todo jogo Riba marcava pelo menos um gol. Ele era rápido, habilidoso e cabeceava muito bem, apesar de baixinho”. Sérgio encerrou a carreira jogando no Bacabal Esporte Clube e São José.
Sérgio não é maranhense, mas é como se fosse, pelo muito que fez defendendo nossas equipes. Ele nasceu em Fortaleza/CE, no dia 09 de Maio de 1943. O pai, seu João, foi jogador profissional e fez nome no futebol da Paraíba e Pernambuco. Um exemplo seguido pelo filho.
A infância de Sérgio foi como a de todos os garotos que gostam das peladas batidas no campinho próximo de onde residem. No Bairro Brasil Oiticica, em Fortaleza, ele brincou e até herdou o primeiro apelido: Caveira. Não para menos. Muito magro (cerca de 60 quilos) e alto (1m78), estava aquém dos padrões.
Com 15 anos ele passou das brincadeiras para o segundo quadro de Humaitá, que era do próprio bairro e não disputava campeonato oficial. Um olheiro o viu jogar e se encantou com suas principais características: o toque de bola fácil, a boa colocação na zaga, a capacidade de se antecipar e sair tocando da defesa para o ataque. Tudo isso com extrema habilidade e tranquilidade.
Apenas um ano foi necessário para Sérgio ser levado ao Tiradentes, time profissional, que disputava a segundona do Campeonato Cearense. O Tiradentes, que chegou a ser campeão em 1959, subiu para a Primeira Divisão.
Cheio de esperanças, Sérgio partiu para Teresina, onde foi jogar no Flamengo. Teve uma grande desilusão. O clube piauiense atravessava uma crise técnica e financeira e ele ficou sem receber salários por dois meses. Resolveu voltar para o Ceará. Já com 24 anos de idade passou pelo Ceará Sporting. Como não deu certo, resolveu seguir em frente e foi parar no Calouros do Ar, ainda na capital cearense, onde ficou uma temporada inteira.
Nada estava dando certo na vida atlética de Sérgio. Ele e o amigo louro (ponta-esquerda) se mantinham em forma treinando no Tiradentes. Tudo começou a mudar quando o Dr. Plínio Marques, Diretor do INCRA no Maranhão e Diretor do Moto Club, apareceu em Fortaleza à procura de Louro e de mais alguns jogadores que pudessem reforçar o rubro-negro para as disputas de uma melhor de três jogos que iria indicar o primeiro representante em um Campeonato Brasileiro. Dr. Plínio conversou e acertou com Louro, que acabou indicando o amigo Sérgio Caveira para o Papão. Os dois vieram para São Luís.
Louro e Sérgio Caveira chegaram a São Luís no dia 21 de Setembro de 1971. Uma data que o zagueiro não esquece. Por problemas com a esposa, Louro se desgostou e retornou a Fortaleza. As coisas no futebol nos anos 70 eram duríssimas em São Luís. Sérgio cota que quando eles iam para o Nhozinho Santos e viam que a casa estava cheia, tinham certeza que no dia seguinte pintaria uma grana. “Quando só tinha quatro ou cinco gatos pingados no estádio, a gente já entrava em campo desanimado porque sabia que não ia pintar nada”, conta ele.
Porque Marreca? – Sérgio quando entrevistado e perguntado de onde vem o apelido Marreca, disse que até hoje os amigos mais próximos e torcedores que o viram jogar, frequentemente fazem a mesma pergunta e a resposta é sempre a mesma: não sei. Ele não lembra quando e nem de quem partiu este apelido. “Acho que foi porque eu era magro e meio curvado e parecia uma marreca. O que me lembro é que de repente deixei de ser caveira e passei a ser marreca”, brinca.
Um dos piores momentos que passou no Moto foi quando em 1972, depois de uma série de empates contra o Sampaio Corrêa para ver quem iria disputar o Campeonato Brasileiro de 1973, antes das cobranças de penalidades máximas, no meio do campo o Presidente do Moto, Nagib Heickel, em tom forte, disse que em caso e derrota, todos os atletas motenses estariam dispensados. “Eu e meus companheiros estávamos sentados e relaxados perto do banco de reservas do Nhozinho. Depois que o homem disse isso minhas pernas balançaram. Eu não conseguia nem levantar. E o que é pior, fui escalado para bater um pênalti. Não deu outra, perdi a cobrança. Ainda bem que no final deu o nosso time e garantimos o emprego por mais uma temporada”.
Sérgio lembra que o Presidente Nagib Heickel era assim em caso de derrota, mal humor e ameaças de dispensas. Em caso de vitórias, churrasco na casa dele no dia seguinte e só festa, principalmente quando a vítima era o Sampaio. O time motense, que conquistou a vaga para o Campeonato Brasileiro de 1973, formou, segundo Marreca, com Edson no gol, Estevez, Neguinho, ele e Antônio Carlos; França, Santana e Soares; Lima, Paraíba e Coelho.
O convívio com o Moto durou três anos e meio. “Minha maior experiência como atleta foi participar do Campeonato Brasileiro de 1973. Conheci vários Estados brasileiros e joguei contra craques como Rivelino, Carbone, Serginho Chulapa, Murici e tantos outros”. Os mesmo tempo que Sérgio se emociona ao falar do Moto no Brasileirão 73, se decepciona ao recordar momentos em que deixou o Papão. “É uma passagem que gostaria de ter apagado da minha ente, mas não consigo. Depois do Brasileiro fui chamado pelo Dutra, que me disse que eu estava fora dos planos do clube para o ano seguinte. O mundo veio abaixo para mim. Tinha família e pensava em como iria sobreviver sem emprego. Foi triste demais”.
Em 1974 Marreca estava no Sampaio. Viu um montão de gente ser contratado para as disputas do Brasileiro e ficou no time “expressinho”, que ia ao interior do Estado fazer campanha política para o amigo Djalma Campos. Em 1975 e 1976 foi bi pelo Sampaio. Relembra com carinho de jogadores como Paulo Espanha (morto em acidente de ônibus quando o Sampaio fazia amistosos no interior do Estado), Paraíba (o amigo de sempre), e principalmente o zagueiro Paulinho, um gaúcho que foi contratado e que se deu bem com Sérgio na zaga do Tricolor. “Me dei bem jogando com dois zagueiros: Marins do Moto e Paulinho do Sampaio. Nosso entrosamento era por música”.
A grande característica de Sérgio era a habilidade. Conseguia impor respeito atrás, não porque jogava duro, mas porque sabia sair jogando com classe e estilo. Não tinha medo de atacantes. Respeitava um, que apesar de bem marcado, insistia em fazer gols em todos os jogos que disputava com Marreca, “Não tinha jeito. Nós podíamos até ganhar a partida, mas todo jogo Riba marcava pelo menos um gol. Ele era rápido, habilidoso e cabeceava muito bem, apesar de baixinho”. Sérgio encerrou a carreira jogando no Bacabal Esporte Clube e São José.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Sampaio Corrêa - 1978
Dois belos registros do Sampaio Corrêa no ano de 1978. Na primeira foto, temos no elenco Marreca, Cabrera, o xerifão Rosclin Serra, Ferreira, Fernando Misterioso, Cabecinha, Teixeira Alexandre (ex-América/RJ), Almir, Maia, Marcelo (ex-América/RJ), dentre outros. O técnico era José Storino. Na segunda foto temos no elenco Marcelino, Cabrera, Jorge Travolta, Santos, Rosclin, Mica, Juarez, Badú, Dorval, Jorge Luis e outros.
Crédito da foto ao jornalista França Melo e as informações dos elencos a José Carlos Teixeira.
terça-feira, 16 de junho de 2015
ESPECIAL - Herbert Fontenele Filho, o "comentarista do Povão" (ÁUDIO, DEPOIMENTOS e TEXTO)
O radialista Herbert Fontenele Filho, o comentarista do povão, faleceu nesta terça-feira, 16 de Junho, aos 73 anos. Piauiense, nascido em Piracuruca, o comentarista esportivo lutava contra o câncer de próstata desde 2009 e estava internado, em estado grave, desde a noite do último domingo. No Maranhão, Fontenele era um dos maiores nomes da crônica esportiva de todos os tempos.
Nascido em 23 de dezembro, de 1941, Fontenelle chegou ao Maranhão ainda jovem, com 22 anos. No Estado Timbira iniciou a carreira como jornalista esportivo. Em terras maranhenses, além do jornalismo esportivo, Fontenele se apaixonou pelo Sampaio Corrêa, clube do qual nunca escondeu a sua admiração. Na Rádio Ribamar exerceu a função de repórter e chegou a ser chefe da equipe esportiva. No Grupo Mirante, onde estava atualmente, atuava como comentarista esportivo na TV e na Rádio Mirante AM, onde comandava o programa Fontenele Comenta de segunda à sexta. Foi diretor da emissora, quando da sua fundação em 10 de maio de 1988. Além disso, foi Secretário de Esporte em São Luís, durante o governo Jackson Lago. Em 2008, foi nomeado adjunto da Secretaria de Esporte do Governo do Maranhão, também na administração e Jackson Lago. Em meio a toda dedicação ao esporte, em 2009 Fontenele descobriu que estava com câncer de próstata. Os primeiros diagnósticos apontavam que o comentarista esportivo teria apenas mais um ano de vida. Mas com o avanço da medicina e novos métodos de tratamento, Fontec, como era carinhosamente conhecido entre os amigos, teve uma recuperação surpreendente.
Nascido em 23 de dezembro, de 1941, Fontenelle chegou ao Maranhão ainda jovem, com 22 anos. No Estado Timbira iniciou a carreira como jornalista esportivo. Em terras maranhenses, além do jornalismo esportivo, Fontenele se apaixonou pelo Sampaio Corrêa, clube do qual nunca escondeu a sua admiração. Na Rádio Ribamar exerceu a função de repórter e chegou a ser chefe da equipe esportiva. No Grupo Mirante, onde estava atualmente, atuava como comentarista esportivo na TV e na Rádio Mirante AM, onde comandava o programa Fontenele Comenta de segunda à sexta. Foi diretor da emissora, quando da sua fundação em 10 de maio de 1988. Além disso, foi Secretário de Esporte em São Luís, durante o governo Jackson Lago. Em 2008, foi nomeado adjunto da Secretaria de Esporte do Governo do Maranhão, também na administração e Jackson Lago. Em meio a toda dedicação ao esporte, em 2009 Fontenele descobriu que estava com câncer de próstata. Os primeiros diagnósticos apontavam que o comentarista esportivo teria apenas mais um ano de vida. Mas com o avanço da medicina e novos métodos de tratamento, Fontec, como era carinhosamente conhecido entre os amigos, teve uma recuperação surpreendente.
Atualmente, Fontenele era o comentarista titular da Rádio Mirante AM, onde apresentava o programa Fontenele Comenta. Trabalhava também na TV Mirante, afiliada da Rede Globo, onde comentava e apresentava o bloco de esporte do Bom dia Mirante. Além disso, comentava os jogos do Sampaio no SporTV e no Premiere FC, pelo Brasileiro da Série B. Sua carreira também foi marcada pela cobertura de três Copas do Mundo, em 1986 (México), 1990 (Itália) e 1994 (EUA). A sua última transmissão esportiva pela Rádio Mirante AM foi no dia seis de junho, na grande vitória do Sampaio sobre o Ceará por 3 a 1. No SporTV, Fontenele comentou outra vitória do Tricolor, também por 3 a 1, diante do Criciúma, na última sexta, em jogo realizado no Castelão, em São Luís.
Por todos os serviços prestados ao futebol maranhense, além de participar da cobertura de três Copas do Mundo, Fontenele foi homenageado pelo Sampaio. Em janeiro de 2014, a sala de imprensa do clube recebeu o nome do comentarista, que também integra o Conselho Deliberativo. Além disso, em janeiro de 2015, Fontenele foi o homenageado especial do Troféu Mirante Esporte. Com depoimentos de colegas de trabalho, de sua esposa Diva e seus três filhos, o comentarista esportivo recebeu a sua última grande homenagem ainda em vida. "Isso é uma bênção, receber uma homenagem desse tipo. Faço o que gosto, o que sei fazer, não me imagino fazendo outra coisa. Fico muito grato, eu não mereço tanto, gostaria de ter feito muito mais, mas esse Troféu é a cereja no bolo, veio para coroar", afirmou Fontenele quando recebeu a premiação, no Teatro Arthur Azevedo.
Por todos os serviços prestados ao futebol maranhense, além de participar da cobertura de três Copas do Mundo, Fontenele foi homenageado pelo Sampaio. Em janeiro de 2014, a sala de imprensa do clube recebeu o nome do comentarista, que também integra o Conselho Deliberativo. Além disso, em janeiro de 2015, Fontenele foi o homenageado especial do Troféu Mirante Esporte. Com depoimentos de colegas de trabalho, de sua esposa Diva e seus três filhos, o comentarista esportivo recebeu a sua última grande homenagem ainda em vida. "Isso é uma bênção, receber uma homenagem desse tipo. Faço o que gosto, o que sei fazer, não me imagino fazendo outra coisa. Fico muito grato, eu não mereço tanto, gostaria de ter feito muito mais, mas esse Troféu é a cereja no bolo, veio para coroar", afirmou Fontenele quando recebeu a premiação, no Teatro Arthur Azevedo.
DEPOIMENTOS DE AMIGOS, COLEGAS DE PROFISSÃO E DESPORTISTAS
(texto extraído do site Imirante)
- Acordamos tristes, o rádio perde um dos seus mais ilustres e competentes comunicadores. Tenho o doloroso dever de comunicar o falecimento de Herbert Fontenele, um profissional como poucos, dedicado, perfeccionista e cuidadoso. Segura meu amigo na mão de Deus e vai! Tive a honra de aprender muito com o Herbert! Deus o chamou, a sua missão na terra foi concluída! A saudade que ficou! - Laércio Costa, narrador da Mirante AM e Premiere FC.
- No Bom Dia Mirante, era cadeira cativa. Começou fazendo comentários, antes e depois dos jogos, e aos poucos, passou a participar diariamente do programa. Nos bastidores era chamado de audiência, pois todos tinham certeza que a audiência do programa aumentava com a presença dele. Nem mesmo em 2009, quando Herbert Fontenele recebeu o diagnóstico de câncer de próstata metastático, pensou em parar. Seguiu em frente, e mesmo sentindo que o tumor invadira a bexiga, a uretra e os ossos, esteve com dor ou sem dor, fazendo o que mais gostava: o comentário esportivo. Ele não desistia nunca. Foram sessões de quimioterapia e outras de radioterapia. Assim como o jogo de futebol que só acaba quando o juiz dá o apito final, Fontenele não descuidou do tratamento e a vontade de trabalhar seja, no rádio ou na TV, era uma terapia a mais na luta contra o câncer. Esteve no Bom Dia Mirante até sexta-feira, dia 5 cinco de junho, como se nem doente estivesse. Foi mais um dia de empolgação, motivação e vitória - Soares Junior, editor e apresentador do Bom Dia Mirante.
- A voz embarga, os olhos marejam e o coração aperta. Tive a felicidade de ser um ouvinte que realizou um sonho que foi trabalhar e conviver com Herbert Fontenele Filho, que chamo carinhosamente de “poeta”. É o tipo de notícia que já sabíamos que a qualquer momento poderia nos arrebatar, mas, pela vitalidade, pela força, alegria e vontade viver de Fontec, nos enganamos e imaginamos que ele ainda iria continuar nos ensinando por aqui. O Esporte, sobretudo o futebol, passa a partir de agora a conviver com um vazio. Vai ser difícil. O coração vai ficar aqui batendo 72 vezes de saudade de você, mestre! - Afonso Diniz, repórter do GloboEporte.com e da Mirante AM.
- Foi pouco tempo convivendo com Fontenele. Me lembro do primeiro dia que entrei no estúdio para passar o noticário do Maranhão Atlético Clube, ao vivo na Mirante AM, e Fontenele estava no estúdio. Eu dava os primeiros passos na carreira e um monstro do rádio a minha frente. Foram três anos de risos, discordâncias, brincadeiras e acima de tudo, muito trabalho. Trabalho do qual Fontenele sempre tinha alguma ponderação para fazer. A cada dia ensinava um pouco mais. Ficam os ensinamentos e as lembranças. Obrigado Fontec! - Bruno Alves, repórter do GloboEporte.com e da Mirante AM.
- Eu cresci ouvindo Fontenele. Fiz faculdade, escolhi o rádio para trabalhar e encontrei o Fontenele em 88 na fundação da Rádio Mirante AM quando trabalhamos juntos. Era muito jovem e procurava ouvir os mais experientes. Nos reencontramos em 99, quando retornei à Mirante, onde trabalhamos até hoje, Fontenele era exemplo do que podemos chamar de compromisso em qualquer profissão. Ele expressa isso e deixa esse grande ensinamento a todos nós. Não tinha dia, não tinha hora, não tinha nada... Tinha o trabalho para Herbert Fontenele - Zeca Soares, coordenador da Rádio Mirante AM, do G1 Maranhão e GE Maranhão.
- Para mim, Fontenele foi o resumo do jornalismo: não precisa agradar ninguém, mas deve informar e repercutir. Eu também cresci ouvindo ele e a primeira vez que participei do programa de meio dia foi por telefone. Depois de ele me dar as boas vindas eu não consegui ser repórter, fui mais um fã do que profissional. Só depois que me acostumei a tê-lo como colega de trabalho - João Ricardo, repórter do GloboEporte.com e da Mirante AM.
- Depois de uma luta árdua, contra o câncer de próstata, Fontenele nos deixa. Perdemos uma escola do rádio. Um homem que fez e consagrou um estilo. Fez escola para um estilo crítico. Quem trilha por essa linha ganha admiradores e desafetos, mas quem fala a verdade ganha amigo, constrói, edifica. Foi isso que ele deixou para todos nós. Ao longo do meu trabalho como jornalista, acompanhei Fontenele, mas não tive o privilégio de ter uma convivência mais próxima com ele. Tive a oportunidade de trabalhar mais perto dele, quando passamos a atuar no esporte do Bom Dia Mirante, quando passei a acompanhar a sua luta e vontade de viver. Nisso, ele ganhou um admirador. Eu pude perceber o quanto o rádio e o Sampaio o ajudavam a viver mais. O seu amor e paixão por esse trabalho, de viver o futebol, principalmente os jogos do Sampaio, serviram como um sedativo para ele amortecer a dor dessa doença terrível e cruel que ele tentava vencer, desde 2009. Nesse período, mesmo em alguns momentos difíceis, quando ele retornava dos tratamentos em São Paulo, você não via um lamento. Ele me ensinou uma coisa que vou carregar para o resto da vida: se ele teve a capacidade de enfrentar uma doença tão terrível como essa, e de bom humor, eu não tenho o direito de ficar triste com a vida, de acorda mau humorado, por causa de um problema econômico ou uma desavença qualquer. Talvez a cena que possa representar tudo que estou falando, ela não tem registro, não tem vídeo, das muitas histórias dessa carreira. Foi em um jogo que ele se ajoelhou, pena que ali nossos companheiros não tiveram a agilidade para fotografar ou registrarem em vídeo, para retratar bem o que era sua paixão pelo Sampaio. é uma história vitoriosa - Roberto Fernandes, locutor e comentarista da Mirante AM.
- Algumas pessoas trabalham 30, 40, 50 anos em uma única profissão e passam pela vida. Fontec marcou a vida dele dentro do futebol. Amado e odiado por muitos, mas sempre foi ele próprio: polemico, critico contundente, porém, um eterno apaixonado pelo futebol maranhense, brasileiro e mundial - Edivaldo Pereira Biguá, comentarista esportivo.
- Paixão até o último momento pelo trabalho e pelo futebol maranhense: esse foi o exemplo que Fontenele me deixou. Na transmissão que a TV Mirante fez da estreia do Sampaio Corrêa na Série B deste, ano ganhando de 2 a 0 do Vitória, em salvador, ele foi o primeiro a chegar e depois quis avaliar como tudo foi. Chegou a hora dele finalmente descansar - Márcio Pinto, editor de esportes da TV Mirante.
- Nesse momento é realmente difícil falar qualquer coisa sobre a passagem de Fontenele no rádio maranhense. Devo dizer que a passagem dele deixa, acima de tudo, um exemplo raro de dedicação e amor ao esporte, notadamente ao futebol. Ele era um apaixonado pelo que fez durante a maior parte de sua vida, em 55 anos de profissionalismo. Informando, comentando e criticando como a galera gosta. Com Fontenele eu trabalhava desde 1976, na extinta rádio Ribamar, quando ele montou a sua equipe de esportes, por meio da sua empresa. Além de companheiro de trabalho, éramos realmente amigos e trocávamos muitas ideias sobre o esporte e sobre o rádio. Ele acertava muito mais nas suas críticas, do que errava. Como repórter ele foi um dos mais completos de sua geração. Como comentarista, foi aplaudido e contestado. quem ouvia o Fontenele pelo rádio, dificilmente imaginaria que fora dos microfones estava uma pessoa bem humorada, capaz de chamar a atenção de muitos companheiros de trabalho. O rádio maranhense perde uma grande referência esportiva, mas fica para os mais jovens, um exemplo de como é possível, mesmo em momento de dificuldades tecnológicas, como foi no passado, pode ser feito o melhor. A missão mais difícil de Fontenele, que ele não pode derrota, foi enfrentar o câncer. Mas foi um guerreiro, lutou até a última volta do ponteiro, tombando heroicamente. O futebol maranhense está de luto - Neres Pinto, editor de O Imparcial e da Mirante AM.
- Hoje estou muito triste, o futebol maranhense perde uma de suas grandes bandeiras; morreu Fontenele. O seu carisma lhe fez imortal; pois todas as vezes que ligarmos o televisor, ligarmos o rádio vamos lembrar dele - Flávio Araújo, atual técnico do River-PI e técnico do Sampaio entre 2012 e 2014.
- Ele tinha um estilo forte, polêmico, irreverente e crítico, mas sobretudo sincero em suas colocações. Parabéns pela vida do Fontenele, porque na passagem dele ele deixa um multidão de amigos, admiradores e sobretudo o legado dele. Ele me pediu uma bandeira do Sampaio, para ver os jogos do Sampaio, e essa bandeira vou levar hoje para o Márcio. Era para ser uma homenagem para ele em vida. Mas, eu tive o prazer a honra de homenagear o Fontenele vivo, porque a única sala de imprensa que existe, é do Sampaio e se chama Hebert Fontenele Filho - Sérgio Frota, presidente do Sampaio.
- Hoje é o dia em que o Maranhão amanheceu mais triste, pela perda do Fontenele. Eu sou suspeito para falar, porque sou amigo de infância do Márcio. Hoje é um dia que o nosso coração fica mais apertado. É o ciclo da vida, não concordo com isso de que ele perdeu a guerra contra o câncer. Ele foi um lutador, um vencedor e durante todos os anos ajudando o esporte. Ele vai ficar na nossa memória - Hans Nina, presidente do Moto.
- O futebol maranhense está de luto e todos estamos tristes pela perda do nosso comandante Fontenele. Em nome do Maranhão Atlético Clube gostaria de externar os nossos sentimentos com essa perda. Acompanhei muito a vida de Fontenele e sempre acompanhava o programa dele. Apesar dele ser boliviano, sempre teve um carinho muito grande pelo futebol maranhense - França Dias, presidente do Maranhão.
- No Bom Dia Mirante, era cadeira cativa. Começou fazendo comentários, antes e depois dos jogos, e aos poucos, passou a participar diariamente do programa. Nos bastidores era chamado de audiência, pois todos tinham certeza que a audiência do programa aumentava com a presença dele. Nem mesmo em 2009, quando Herbert Fontenele recebeu o diagnóstico de câncer de próstata metastático, pensou em parar. Seguiu em frente, e mesmo sentindo que o tumor invadira a bexiga, a uretra e os ossos, esteve com dor ou sem dor, fazendo o que mais gostava: o comentário esportivo. Ele não desistia nunca. Foram sessões de quimioterapia e outras de radioterapia. Assim como o jogo de futebol que só acaba quando o juiz dá o apito final, Fontenele não descuidou do tratamento e a vontade de trabalhar seja, no rádio ou na TV, era uma terapia a mais na luta contra o câncer. Esteve no Bom Dia Mirante até sexta-feira, dia 5 cinco de junho, como se nem doente estivesse. Foi mais um dia de empolgação, motivação e vitória - Soares Junior, editor e apresentador do Bom Dia Mirante.
- A voz embarga, os olhos marejam e o coração aperta. Tive a felicidade de ser um ouvinte que realizou um sonho que foi trabalhar e conviver com Herbert Fontenele Filho, que chamo carinhosamente de “poeta”. É o tipo de notícia que já sabíamos que a qualquer momento poderia nos arrebatar, mas, pela vitalidade, pela força, alegria e vontade viver de Fontec, nos enganamos e imaginamos que ele ainda iria continuar nos ensinando por aqui. O Esporte, sobretudo o futebol, passa a partir de agora a conviver com um vazio. Vai ser difícil. O coração vai ficar aqui batendo 72 vezes de saudade de você, mestre! - Afonso Diniz, repórter do GloboEporte.com e da Mirante AM.
- Foi pouco tempo convivendo com Fontenele. Me lembro do primeiro dia que entrei no estúdio para passar o noticário do Maranhão Atlético Clube, ao vivo na Mirante AM, e Fontenele estava no estúdio. Eu dava os primeiros passos na carreira e um monstro do rádio a minha frente. Foram três anos de risos, discordâncias, brincadeiras e acima de tudo, muito trabalho. Trabalho do qual Fontenele sempre tinha alguma ponderação para fazer. A cada dia ensinava um pouco mais. Ficam os ensinamentos e as lembranças. Obrigado Fontec! - Bruno Alves, repórter do GloboEporte.com e da Mirante AM.
- Eu cresci ouvindo Fontenele. Fiz faculdade, escolhi o rádio para trabalhar e encontrei o Fontenele em 88 na fundação da Rádio Mirante AM quando trabalhamos juntos. Era muito jovem e procurava ouvir os mais experientes. Nos reencontramos em 99, quando retornei à Mirante, onde trabalhamos até hoje, Fontenele era exemplo do que podemos chamar de compromisso em qualquer profissão. Ele expressa isso e deixa esse grande ensinamento a todos nós. Não tinha dia, não tinha hora, não tinha nada... Tinha o trabalho para Herbert Fontenele - Zeca Soares, coordenador da Rádio Mirante AM, do G1 Maranhão e GE Maranhão.
- Para mim, Fontenele foi o resumo do jornalismo: não precisa agradar ninguém, mas deve informar e repercutir. Eu também cresci ouvindo ele e a primeira vez que participei do programa de meio dia foi por telefone. Depois de ele me dar as boas vindas eu não consegui ser repórter, fui mais um fã do que profissional. Só depois que me acostumei a tê-lo como colega de trabalho - João Ricardo, repórter do GloboEporte.com e da Mirante AM.
- Depois de uma luta árdua, contra o câncer de próstata, Fontenele nos deixa. Perdemos uma escola do rádio. Um homem que fez e consagrou um estilo. Fez escola para um estilo crítico. Quem trilha por essa linha ganha admiradores e desafetos, mas quem fala a verdade ganha amigo, constrói, edifica. Foi isso que ele deixou para todos nós. Ao longo do meu trabalho como jornalista, acompanhei Fontenele, mas não tive o privilégio de ter uma convivência mais próxima com ele. Tive a oportunidade de trabalhar mais perto dele, quando passamos a atuar no esporte do Bom Dia Mirante, quando passei a acompanhar a sua luta e vontade de viver. Nisso, ele ganhou um admirador. Eu pude perceber o quanto o rádio e o Sampaio o ajudavam a viver mais. O seu amor e paixão por esse trabalho, de viver o futebol, principalmente os jogos do Sampaio, serviram como um sedativo para ele amortecer a dor dessa doença terrível e cruel que ele tentava vencer, desde 2009. Nesse período, mesmo em alguns momentos difíceis, quando ele retornava dos tratamentos em São Paulo, você não via um lamento. Ele me ensinou uma coisa que vou carregar para o resto da vida: se ele teve a capacidade de enfrentar uma doença tão terrível como essa, e de bom humor, eu não tenho o direito de ficar triste com a vida, de acorda mau humorado, por causa de um problema econômico ou uma desavença qualquer. Talvez a cena que possa representar tudo que estou falando, ela não tem registro, não tem vídeo, das muitas histórias dessa carreira. Foi em um jogo que ele se ajoelhou, pena que ali nossos companheiros não tiveram a agilidade para fotografar ou registrarem em vídeo, para retratar bem o que era sua paixão pelo Sampaio. é uma história vitoriosa - Roberto Fernandes, locutor e comentarista da Mirante AM.
- Algumas pessoas trabalham 30, 40, 50 anos em uma única profissão e passam pela vida. Fontec marcou a vida dele dentro do futebol. Amado e odiado por muitos, mas sempre foi ele próprio: polemico, critico contundente, porém, um eterno apaixonado pelo futebol maranhense, brasileiro e mundial - Edivaldo Pereira Biguá, comentarista esportivo.
- Paixão até o último momento pelo trabalho e pelo futebol maranhense: esse foi o exemplo que Fontenele me deixou. Na transmissão que a TV Mirante fez da estreia do Sampaio Corrêa na Série B deste, ano ganhando de 2 a 0 do Vitória, em salvador, ele foi o primeiro a chegar e depois quis avaliar como tudo foi. Chegou a hora dele finalmente descansar - Márcio Pinto, editor de esportes da TV Mirante.
- Nesse momento é realmente difícil falar qualquer coisa sobre a passagem de Fontenele no rádio maranhense. Devo dizer que a passagem dele deixa, acima de tudo, um exemplo raro de dedicação e amor ao esporte, notadamente ao futebol. Ele era um apaixonado pelo que fez durante a maior parte de sua vida, em 55 anos de profissionalismo. Informando, comentando e criticando como a galera gosta. Com Fontenele eu trabalhava desde 1976, na extinta rádio Ribamar, quando ele montou a sua equipe de esportes, por meio da sua empresa. Além de companheiro de trabalho, éramos realmente amigos e trocávamos muitas ideias sobre o esporte e sobre o rádio. Ele acertava muito mais nas suas críticas, do que errava. Como repórter ele foi um dos mais completos de sua geração. Como comentarista, foi aplaudido e contestado. quem ouvia o Fontenele pelo rádio, dificilmente imaginaria que fora dos microfones estava uma pessoa bem humorada, capaz de chamar a atenção de muitos companheiros de trabalho. O rádio maranhense perde uma grande referência esportiva, mas fica para os mais jovens, um exemplo de como é possível, mesmo em momento de dificuldades tecnológicas, como foi no passado, pode ser feito o melhor. A missão mais difícil de Fontenele, que ele não pode derrota, foi enfrentar o câncer. Mas foi um guerreiro, lutou até a última volta do ponteiro, tombando heroicamente. O futebol maranhense está de luto - Neres Pinto, editor de O Imparcial e da Mirante AM.
- Hoje estou muito triste, o futebol maranhense perde uma de suas grandes bandeiras; morreu Fontenele. O seu carisma lhe fez imortal; pois todas as vezes que ligarmos o televisor, ligarmos o rádio vamos lembrar dele - Flávio Araújo, atual técnico do River-PI e técnico do Sampaio entre 2012 e 2014.
- Ele tinha um estilo forte, polêmico, irreverente e crítico, mas sobretudo sincero em suas colocações. Parabéns pela vida do Fontenele, porque na passagem dele ele deixa um multidão de amigos, admiradores e sobretudo o legado dele. Ele me pediu uma bandeira do Sampaio, para ver os jogos do Sampaio, e essa bandeira vou levar hoje para o Márcio. Era para ser uma homenagem para ele em vida. Mas, eu tive o prazer a honra de homenagear o Fontenele vivo, porque a única sala de imprensa que existe, é do Sampaio e se chama Hebert Fontenele Filho - Sérgio Frota, presidente do Sampaio.
- Hoje é o dia em que o Maranhão amanheceu mais triste, pela perda do Fontenele. Eu sou suspeito para falar, porque sou amigo de infância do Márcio. Hoje é um dia que o nosso coração fica mais apertado. É o ciclo da vida, não concordo com isso de que ele perdeu a guerra contra o câncer. Ele foi um lutador, um vencedor e durante todos os anos ajudando o esporte. Ele vai ficar na nossa memória - Hans Nina, presidente do Moto.
- O futebol maranhense está de luto e todos estamos tristes pela perda do nosso comandante Fontenele. Em nome do Maranhão Atlético Clube gostaria de externar os nossos sentimentos com essa perda. Acompanhei muito a vida de Fontenele e sempre acompanhava o programa dele. Apesar dele ser boliviano, sempre teve um carinho muito grande pelo futebol maranhense - França Dias, presidente do Maranhão.
ÁUDIO
Especial no programa Panorama, da Rádio Mirante AM de hoje, 16 de Junho, no mesmo dia do seu falecimento. No programa, mensagens dos ouvintes e a participação do jornalista João Ricardo, ao vivo, do Estádio Castelão, onde acontecia o velório do eterno "Comentarista do Povão".
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Ferroviário Esporte Clube (1957)
Belo registro da equipe do Ferroviário no ano de 1957, quando conquistou o título de campeão maranhense. A foto faz parte do acervo do jornalista França Melo.